A assembleia será agora realizada, depois de 12 anos, correspondentes a dois mandatos, por falta de condições materiais e técnicas, e questões financeiras. Para a devida candidatura, os membros deverão ter as quotas pagas, tida como uma das condições fundamentais para o feito.
Doze anos depois (correspondentes a dois mandatos), a Associação Provincial do Carnaval de Luanda (APROCAL) realiza, a 19 do mês corrente, a assembleia de renovação de mandatos para a eleição do novo corpo directivo, correspondente ao período de cinco anos (2021/2025).
As candidaturas dos membros desta organização, que arrancam hoje, forma entregues até ontem, 13, na sede da associação, cujas listas devem integrar 11 associados, sendo que um deverá ser o cabeça de lista.
Para a devida candidatura, os membros deverão ter as quotas pagas, uma das condições fundamentais para o efeito. Nestes termos, serão avaliados os projectos de acção apresentados, assim como a capacidade dos membros, em termos de cumprimento. A comissão que vai coordenar o evento para a eleição do novo organismo, constituída no transacto mês, é presidida por Carlos de Jesus Vieira Lopes.
De acordo com o secretário-geral da APROCAL (em funções), António de Oliveira (Delon), a lista dos órgãos sociais da APROCAL, que se reflecte na mesa da assembleia, é composta por três elementos: o presidente, o vice-presidente e o secretário que pretende eleger na referida actividade, com base na lista vencedora.
Nesta assembleia de renovação de mandatos vão também escolher os membros de direcção, que inclui o presidente de direcção, vice-presidente de direcção, o secretário-geral, secretário para a acção cultural e o secretário para formação e administração e finanças.
Existe ainda o conselho fiscal da APROCAL, constituído por um presidente e dois vogais. Quanto ao número de listas, o responsável avançou que será definido através das candidaturas dos membros a serem recepcionadas.
“A direcção actual vai cessar e surgirá uma nova. O mandato termina tão logo a outra direcção tome posse. Finalmente, teremos esta assembleia, que vai dar a oportunidade para os membros se inscreverem, na tentativa de se gerir a organização”, explicou.
Acções da APROCAL
Dentre os trabalhos que a nova direcção vai abraçar, além do seu projecto de acção, consta a garantia do resgate das danças tradicionais, a criação de condições para a revitalização do Carnaval a nível dos municípios, a criação de condições para assegurar o reavivamento das manifestações culturais extintas, ou em via de extinção e a projecção da associação em fórum nacional e internacional.
Delon, que é o secretário há oito anos (sem eleição), foi, igualmente, convidado a integrar uma das listas em concorrência. Disse que, para todos os que se revêm na associação, significa reforçar a organização, em temas de grupos de Carnaval, fortalecer as contribuições naquilo que são os valores culturais, da tradição à modernidade do Carnaval e tornar a APROCAL numa organização interventiva na sociedade, de modo a tornar o produto cultural atractivo.
Razões do adiamento das assembleias
António de Oliveira disse que a referida assembleia deveria ser realizada assim que o antigo secretário-geral, Manuel Silva, pediu demissão, devido a questões de saúde, isto entre 2009 e 2010. Mas que não ocorreu há 12 anos, por falta de condições materiais, técnicas e questões financeiras.
“Andamos a arrastar esta assembleia, porque a associação não é uma instituição de utilidade pública. Ela depende de doadores. Então, nem sempre estamos em condições de realizar aquilo que são os nossos verdadeiros actos”, aclarou.
A associação
A APROCAL foi criada em 1999, com o objectivo de ajudar na realização da “festa do povo” na capital, assim como servir de elo entre o Ministério da Cultura Turismo e Ambiente e os grupos carnavalescos.
Actualmente possui 47 membros colectivos e 82 membros individuais. Dos mais de 40 grupos carnavalescos registados, 23 subscreveram o pedido para a Assembleia-Geral da APROCAL.