O resultado líquido do BAI, referente ao exercício de 2020, foi de 29 mil milhões de kwanzas, uma redução de 76% face a 2019 que foi de 119 mil milhões.
A instituição explica a redução com “o difícil cenário económico”, fixando em cerca de 1% a rentabilidade do activo.
“Ainda assim, e com uma visão optimista em relação à evolução da economia e dos mercados, o BAI perspectiva para 2021 o início de um novo ciclo de implementação estratégica, que dará continuidade à aposta na liderança da inovação e disrupção no sector bancário, à melhoria da qualidade de serviço e o reforço do envolvimento com os seus clientes, perspectivando o alcance e consolidação do objectivo de oferecer a melhor experiência bancária em Angola”, refere o banco.
O resultado líquido, entretanto, pode ser inferior, considerando o parecer do auditor independente, no caso a EY, que entende “que a rubrica de ‘investimento ao custo amortizado’ e o ‘resultado líquido do exercício’ se encontram sobreavaliados em cerca de 19 mil milhões de kwanzas”.
O auditor justifica a reserva por entender que se observa um aumento significativo do risco de crédito devido a investimentos do banco em títulos de dívida pública angolana. O banco, entretanto, segundo o parecer da EY, entende não existirem factores de aumento significativo de risco de crédito que não estejam identificados.