Antigos guerrilheiros na Lunda-Sul lembraram ontem os sacrifícios consentidos para o alcance da Independência Nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975.
O antigo guerrilheiro Avelino Fernando Mussulumbi, companheiro de armas dos malogrados generais João Baptista de Matos e BernardoTxizaínga, lembra, com orgulho, o risco de vida que correu em várias batalhas, como preço para resgatar os angolanos do que considerou “garras mortíferas” dos colonizadores.
A proclamação da Independência, em 1975, disse, foi um momento ímpar na história do país, “cujos filhos foram resilientes nas amarguras marcadas por trabalhos forçados, com uma remuneração insignificante, opressão e outras sevícias” impostas pelo regime colonial. Actualmente reformado, Avelino Fernando Mussulumbi defende a passagem do legado às novas gerações, a fim de perpetuarem os valores nobres da história do país.
Para o decano da Escola Superior Politécnica da Lunda-Sul, afecta à Universidade Lueji a N´konde, Fidel Manassa, o 11 de Novembro nunca passou despercebido aos angolanos.
O significado da data, acrescentou, remete para a academia o dever de partilhar conhecimentos à volta da História e dos desafios do país, que avança com ganhos notáveis na formação de quadros em todas as áreas. O professor Delfim Utxica, que nasceu depois da proclamação da Independência, guarda na memória os subsídios colhidos dos mais velhos sobre a importância da data na vida de todos os angolanos.
Com a conquista da Independência, disse, o povo angolano vive orgulhoso e aposta no trabalho para promover o seu bem-estar.
Delfim Utxica, que é licenciado em Pedagogia, ressaltou, dos ganhos do país, a estratégia de expansão do ensino superior em todas as províncias, o acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e os transportes.
O padre Avelino Frederico lembrou que a liberdade que os angolanos desfrutam custou o sangue de muitos compatriotas. O país em paz e com uma democracia em consolidação, salientou, regista um crescimento na reconstrução de infra-estruturas.
O religioso defendeu rigor na formação dos cidadãos, “espírito de partilha e solidariedade com os mais necessitados para se afastar o sentimento de discriminação”. (Jornal de Angola)