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    Angola pode tornar-se autossuficiente na produção de fertilizantes, declara ministro dos recursos minerais, petróleo e gás

    O sector mineiro angolano está a desenvolver um plano de acção para que o país atinja a autossuficiência na área de produção de fertilizantes, informou, esta quinta- feira, em Luanda , o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Pedro de Azevedo.

    O governante, que falava à Imprensa à margem da II Conferência e Exposição Internacional sobre o Sector Mineiro, que decorre em Luanda, de 23 a 24 de Novembro, referiu que, com a implementação das acções traçadas, espera-se que o fertilizante produzido em Angola possa ser exportado, aumentar as divisas no país e contribuir para a erradicação da pobreza.

    Como projectos que levarão o país a atingir a autossuficiência na produção do fertilizante, o responsável apontou a produção de fosfato na província de Cabinda, onde está a ser construída uma fábrica para a produção de granulado de fosfato, com a aplicação direta em algumas culturas, as duas concepções de fosfato na província do Zaire, bem como o trabalho desenvolvido para a identificação de ocorrência de potássio.

    “Todos os ingredientes necessários para que o país se torne autossuficiente em fertilizantes estão apresentados, o que resulta em mais produção agrícola, maior segurança alimentar garantida e maior contribuição para a erradicação da pobreza”, referiu.

    Como demonstração do desenvolvimento do sector, exemplificou o funcionamento de empresas estrangeiras de renome internacional na área dos mineiros.

    O potencial do país atualmente aponta, de acordo com o ministro, para a possibilidade de, num futuro próximo, com muito trabalho de investigação geológica, em várias etapas, reconhecimento prospecção, pesquisa e avaliação, vir a ter a exploração ou produção de vários outros minerais.

    Diamantino de Azevedo afirmou que o Plano Nacional de Geologia está a ser um sucesso e que grande parte das acções já foram implementadas, apesar de significar que ao ser concluído encerra-se a prospecção e a melhoria do conhecimento geológico do país.

    O conhecimento geológico de um país, segundo o engenheiro, é uma actividade constante, contínua e infinita, não restrita ao desenvolvimento do trabalho mineiro, mas serve para o planeamento político e económico de um país e o desenvolvimento de quase toda acção para se continuar a melhorar o conhecimento geológico do país, a capacitação de técnicos, a criação de infra-estruturas laboratoriais.

    “O Executivo continua apostado na criação de um bom ambiente de negócios no país, com vista a promoção do investimento estrangeiro no sector mineiro, com o cumprimento do Plano de Desenvolvimento Nacional indicado para o sector mineiro essencialmente, onde a responsabilidade é destacar os agentes privados e criar um bom ambiente de negócios para que as empresas privadas possam desenvolver.

    Afirmou que o bom ambiente de negócios passa também pela criação de leis que sejam referências, de infra-estruturas lógicas ou seja disponibilidade de mais informação e com maior qualidade.

    Ainda na senda da criação de bom ambiente, o responsável apontou também a criação de infra-estruturas laboratoriais e o capital humano, de maneira a se captar cada vez mais técnicos a todos os níveis básicos, médios e superiores com maiores habilidades para que as empresas se sintam suportadas e invistam no país.

    “Há necessidade de divulgar o que Angola faz, colocar a sociedade, promover o sector mineiro, divulgar o que se pretende fazer, assim como ouvir também as expectativas de todos aqueles que se interessam por estes eventos”, frisou.

    O ministro sublinhou que os estudos de viabilidade confirmam elevado potencial para impulsionar a economia, tornando imperativo a sua divulgação para que os potenciais investidores tenham conhecimento, uma vez que se trata de minérios marcantes a nível internacional.

    Projectos como o de exploração de cobre em curso na província do Uíge, de nióbio em Quilengues, província da Huíla, assim como a exploração de minerais que contêm elementos de terras raras em Longonjo, província do Huambo, foram citados pelo titular da pasta.

    Durante dois dias, o evento prevê de mesas redondas sobre “A visão de Angola para o desenvolvimento sustentável no sector dos recursos minerais”, “Perspectivas da prospecção mineira face a modernização tecnológica patrocinada pela Ozango”, “Desenvolvimento de uma força de trabalho para excelência”, “Diversidade e crescimento economico e desafios do mercado internacional de diamantes”

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    FonteANGOP

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