O Plenário da Assembleia Nacional (AN) votou, esta quinta-feira, contra um requerimento do Grupo Parlamentar da UNITA, que pretendia debater a situação da greve dos professores no hemiciclo.
O requerimento da UNITA teve 80 votos a favor, 114 contra e duas abstenções, durante a 1.ª Reunião Plenária Extraordinária, referente à 1.ª Sessão Legislativa da V Legislatura da Assembleia Nacional.
A deputada Maricel Capama, do MPLA, disse que o seu partido reprovou o documento da UNITA sobre a greve dos professores porque acredita que, enquanto estiver a decorrer a ronda negocial para encontrar-se o denominador comum dos pontos apresentados no caderno reivindicativo do sindicato dos professores, o Parlamento não deve interferir neste processo.
Disse haver boa vontade do Executivo para a resolução do problema. “O ministério de tutela está a negociar. Pensamos que não temos, nós os deputados, que interferir quando ainda o processo negocial está em curso”.
Por seu turno, o líder do grupo parlamentar da UNITA, Liberty Chiaka, lamentou a posição do MPLA, notando que o seu partido pretendia, com esse debate, transmitir uma mensagem de solidariedade aos professores, alunos e a todo pessoal ligado ao sistema de educação e ensino.
“Propusemos (…) debater uma situação que é urgente e que tem implicações do ponto de vista político, social, económico e até mesmo psicológico”, sustentou.
Segundo Liberty Chiaka, “não se pode aceitar que o país vive uma greve e que o sistema de ensino esteja paralisado por mais de três semanas e há uma ameaça de uma terceira fase para o mês de Janeiro e o Governo simplesmente se demita da assunção desta responsabilidade”.
O deputado entende que se o governo não faz, “compete a nós, representantes do povo, procurar apresentar propostas de soluções”.
ANGOP