Trezentos mil kwanzas é o montante que a administração do município do Huambo gasta mensalmente, em média, para sepultar cadáveres abandonados na morgue do hospital central.
Em declarações hoje, segunda-feira, à imprensa, o administrador local, Victor Tchissingui, disse que todos os meses a administração vê-se obrigada a sepultar entre oito a 12 cadáveres.
Ao lamentar a situação de abandono de cadáveres na morgue, disse que a realização de tais sepultamentos tem criado embaraços financeiros, tendo em conta as limitações orçamentais da própria administração.
Também informou que, em alguns casos, a administração do município do Huambo tem apoiado, com urna e transporte, a transladação de cadáveres para províncias limítrofes.
O abandono de cadáveres na morgue, segundo o administrador do município do Huambo, é uma prática que tende a aumentar, fruto das dificuldades financeiras que muitas famílias enfrentam para realizar enterros condignos.
Algumas vezes, segundo Victor Tchissingui, trata-se de cadáveres recolhidos na via pública, cujos familiares não aparecem para reconhecer o corpo. (Angop)
