Líder da oposição garante que recorrerá aos tribunais internacionais se João Lourenço e o MPLA, por “manipulação” do Tribunal Constitucional, o tirarem da presidência da UNITA. Adalberto Costa Júnior fala de um “gabinete de acção psicológica” pago pelo Estado ao serviço do actual Presidente.
Adalberto da Costa Júnior denuncia a perseguição política do MPLA e do Presidente João Lourenço que estariam a manipular o Tribunal Constitucional (TC) para o afastar da liderança do maior partido da oposição em Angola, a UNITA.
Em conversa telefónica com o PÚBLICO, o principal rosto da oposição angolana comenta o mais recente ataque contra a sua liderança, surgido no passado sábado e rapidamente difundido: a de que o TC estaria prestes a retirar-lhe a presidência da UNITA por ter dupla nacionalidade.
Em entrevista exclusiva ao jornal português Público, Adalberto Costa Júnior comentou o mais recente ataque contra a sua liderança e que o tribunal constitucional estaria prestes a retirar-lhe a presidência da UNITA por ter dupla nacionalidade – angolana e portuguesa – na altura da eleição, o que os estatutos do congresso nem sequer proibiam.
Adalberto Costa Júnior denunciou ainda atentados ao Estado democrático e de direito com base em argumentos de um procurador do Tribunal Constitucional que sustenta a tese segundo a qual o Comité permanente da UNITA não tem legitimidade para aprovar documentos da própria UNITA.
Dois anos depois da vitória de Adalberto Costa Júnior na corrida à sucessão de Isaías Samakuva, o Tribunal Constitucional, que já validou os resultados do congresso, estará a apreciar uma queixa para o afastar da liderança apresentada em Maio por 11 supostos militantes só partido.
Na opinião do Presidente da UNITA esse caso passa a ser bastante interessante na medida em que foi o mesmo tribunal constitucional que legalizou os resultados do congresso que agora, quase na altura em que a campanha para as eleições de 2022 está a começar, retoma um dossier com o objectivo de ilegalizar o líder da oposição e, ainda por cima, com o envolvimento de procuradores que nada têm a ver com o processo e com a publicação de pareceres escandalosamente desviados do direito.
Por outro lado, Adalberto Costa Júnior garante que está a encarar esta situação com tranquilidade, tal como a UNITA, sublinhando que quem for as redes sociais percebe que este caso não coloca a UNITA contra o MPLA, antes pelo contrário, está a colocar os cidadãos contra o regime.
Entretanto, o Presidente do maior partido da oposição deixou claro que isto é um problema do carácter do regime e da democracia que este País não conhece.
Na visão de Adalberto Costa Júnior, a democracia em Angola está nos papeis, mas não é praticada por uma geração de políticos que não conseguiu reformar as suas mentes e que tem feito o país refém, acusando-os de serem piores que o ex-Presidente José Eduardo dos Santos.
Em gesto de conclusão, o Presidente da UNITA garantiu que o Tribunal Constitucional tem sobre a mesa uma situação delicada porque está exposto aquilo que poderá vir a ser ou não a credibilidade das instituições, por erro do poder político.
Os partidos Politicos devem ter Programas politicos e Economicos so assim e que os Partidos tenhem movimentacao
perante a sociedade : Angola e um Pais Independente com a Constituicao Aceite por todas Forcas partidarias com Assento Parlamentar, Nao Faz sentido a Ideia do Adalberto da costa Junior sobre este assunto ,Pela minhas Esperiencia os Paises Ocidentais nao tenhem Interesses quando se trata de assuntos privados de outros Estados
o melhor seria O atuall Presidente da UNITA entregar o Cargo a um Outro politico porque se nao corre o Risco
de perder mas Membros e Simpatizantes
obrigado