O activista cívico e rapper angolano Hitler Samussuku e a mãe terão sido levados por agentes do Serviço de Investigação Criminal para uma das suas instalações nesta sexta-feira, 10, sem que familiares tenham sido informados dos motivos.
De acordo com a VOA, a denúncia foi feita nas redes sociais por amigos do activista, que integrou o conhecido grupo dos 17 “revus” detidos em 2015 alegadamente por prepararem um golpe de Estado.
Uma fonte segura revelou â VOA que o pai de Hittler Samussukju, Guedes, confirmou o “sequestro”.
Os activistas Mbanza Hanza, Nelson Dibango e Dago Nível, que estiveram presos com Hitler, terão localizado o activista e a mãe na Direcção Provincial od SIC, mas não lhes foi permitido manter contacto com ele nem foram informados dos motivos da detenção.
“Nenhum agente quer nos dizer o que se passa com o mano. Está confirmado que ele está aqui. Estão hiper-arrogantes e não nos dizem o que ele fez. Ele está doente e isso não importa!”, escreveu Mbanza no Facebook.
Há dois dias, Hitler Jessy Tshikonde, de seu nome completo, publicou um video no qual critica o Presidente João Lourenço pela detenção e condenação de quatro activistas na semana passada e adverte o Chefe de Estado para o perigo de voltar a “atacar as tropas que estão tranquilas”.
Hitler admitiu que “apoiamos” Lourenço com a “prisão dos marimbomdos”, mas agora “começou a prender as tropas” e lembrou ao Presidente que ele “não é nada” e que eles, os activistas, enfrentaram José Eduardo dos Santos e beneficiaram a sua eleição.