O Fundo Soberano da Rússia, responsável pelo desenvolvimento da “Sputnik V”, anunciou na sexta-feira que assinou um acordo com o laboratório indiano Stelis Biopharma, filial do grupo farmacêutico Strides, para produzir cerca de duzentos milhões de doses da referida vacina anti-Covid.
O RDIF (Fundo Russo de Investimentos Directos), que financiou o desenvolvimento da Sputnik V, anunciou, na sexta-feira, um acordo para que o laboratório Stelis Biopharma, filial do grupo Strides, produza na Índia, no mínimo, 200 milhões de doses da referida vacina anti-Covid.
O acordo prevê que o laboratório indiano possa disponibilizar a vacina russa, a partir do segundo semestre do corrente ano.
De acordo com o fundo russo, o aboratório Stelis, fabricará posteriormente doses suplementares da Sputnik V, com o apoio financeiro do RDIF.
O director do fundo, Kirill Dmitriev afirmou que a significativa quantidade de doses produzidas em parceria com o Stelis, contribuirá para que haja um acesso mais amplo à vacina anti-Covid à escala mundial.
Segundo o Fundo Russo de Investimentos Directos, cinquenta e dois países aprovaram até a data, a utilização da Sputnik V, cujo apelação foi baseada no satélite do mesmo nome, lançado na era da União Soviética.
A Rússia registou a patente da Sputnik V em Agosto de 2020, sem a aprovação científica da Organização Mundial de Saúde, e foi criticada por alegadamente não ter respeitado as etapas formais de testes de uma vacina, antes da sua utilização.
Todavia a conhecida revista médica britânica, The Lancet, reconheceu recentemente que a Sputnik V é uma vacina segura e com mais de 90 porcento de eficácia contra a Covid-19.
Vários países ocidentais evidenciaram reticências em relação à Sputnik V, porque consideraram que a Rússia ia servir-se da mesma, como imagem positiva, para fazer valer os seus interesses na cena internacional.
A Alemanha anunciou que, uma vez a Sputnik V homologada pela Agência Europeia de Medicamentos, o país tenciona adquirir doses da vacina anti-Covid russa.