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    Acidente na Etiópia. O que é que se passa com o Boeing 737?

    Segundo acidente em cinco meses do modelo mais vendido da Boeing, escreve a Renascença.

    O acidente na Etiópia, este domingo, que envolveu a versão mais vendida do 737 da Boeing, está a pôr os holofotes à volta desta aeronave. Esta é a segunda queda em apenas cinco meses, do modelo da Boeing, depois do acidente na Indonésia.

    O Boeing 737 MAX 8, operado pela Ethiopian Airlines, caiu seis minutos após a descolagem de Adis Abeba, e que tinha como destino Nairobi, no Quénia.

    Morreram os 157 passageiros que seguiam a bordo. Um modelo semelhante comprado pela Lion Air caiu na costa da Indonésia em outubro de 2018, matando os 189 que seguiam a bordo.

    As autoridades e os analistas afirmam que é cedo para dizer se há alguma ligação entre os dois incidentes.

    O 737 da Boeing é a família de aviões de passageiros mais vendida no mundo e é considerado um dos mais confiáveis da indústria. O MAX 8 é a versão mais recente da aeronave, que a Boeing lançou em 2017. É uma atualização do 737, que já conta com 50 anos.

    Até o final de janeiro, a Boeing entregou 350 aviões MAX 8. Já estão encomendadas 5.011 unidades deste modelo.

    A Southwest Airlines Co, com sede em Dallas, é a maior operadora do MAX 8, com 31 aeronaves, seguida pela American Airlines Group Inc e pela Air Canada, com 24 cada uma.

    A Southwest está em contato com a Boeing e “continua confiante na segurança e na aeronavegabilidade da frota de mais de 750 aeronaves Boeing”, disse o porta-voz Chris Mainz num comunicado.

    A American e a Air Canada disseram que estavam a monitorizar de perto a investigação.

    Um relatório preliminar sobre o acidente da Lion Air focou na manutenção e no treino da companhias aéreas e na resposta técnica de um sistema da Boeing para um sensor recentemente substituído.

    A Boeing está a trabalhar numa nova versão do software, enquanto insiste que os procedimentos do cockpit já estavam em vigor para lidar com problemas que o avião da Lion Air experienciou.

    O analista de aviação Scott Hamilton alertou que as comparações entre os dois acidentes podem ser contraproducentes, especialmente antes da caixa preta ser recuperada.

    A companhia etíope tem uma forte reputação e um bom histórico de segurança, disse o mesmo especialista.

    A Boeing já enfrenta uma série de processos judiciais nos Estados Unidos por causa do acidente da Lion Air, incluindo cinco casos no tribunal federal dos EUA em Illinois, onde a Boeing tem sua sede em Chicago.

    O 737 MAX 8 utiliza motores LEAP-1B fabricados pela CFM International, uma joint venture da General Electric Co e Safran SA.

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