Fala-se muita da situação dos norte-americanos infetados com o vírus ébola, mas a verdadeira calamidade continua a acontecer em África.
Na Serra Leoa, há cadáveres que permanecem nas ruas, durante vários dias, aumentando o perigo de contaminação. O corpo de um jovem, de 17 anos, que esteve 4 dias em Freetown, à espera de ser removido, causou a fúria entre os populares. Toda a ajuda é pouca:
“Eles disseram que estão a chegar, mas isso foi na terça-feira à noite e até este momento não aconteceu nada. Ontem, quarta-feira, voltei a ligar e hoje de manhã também, porque tenho a informação de que os habitantes desta aldeia estão em fúria e querem bloquear a estrada”, explica Elijah Moses Ashi, efetivo da polícia local.
Na Serra Leoa as autoridades reconhecem que não estão suficientemente capacitadas, em meios e pessoal técnico, para combater o vírus ébola.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde formou, em Freetown, quatrocentos auxiliares mas, à velocidade que o vírus se espalha, esta medida pode não ser suficiente.
Já morreram mais de duas centenas de profissionais de saúde. Na região o número total de mortes já atingiu mais de 3400. (euronews.com)