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    EUA não pretendem estender embargo de armas contra Irão por curto período de tempo, diz Pompeo

    O secretário de Estado norte-americano realizou uma colectiva de imprensa em que discutiu várias questões, incluindo Irão, Rússia e o controle de armas nucleares.

    O objectivo dos EUA não é estender o embargo de armas das Nações Unidas ao Irão por um curto período de tempo, declarou o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, em uma entrevista colectiva em Washington D.C. na quarta-feira (1º).

    “Antes de mais nada, nosso objectivo não é estender o embargo de armas por mais um curto período de tempo”, afirmou o alto responsável, dizendo que isso depende de o Irão deixar de comprar armas da Rússia e da China.

    Vale relembrar “e ver as observações da anterior administração [de Barack Obama] sobre o fato de os Estados Unidos terem o direito inequívoco, sem o consentimento de qualquer outra nação, de assegurar que este embargo de armas se mantenha”, comentou o secretário de Estado.

    Segundo Pompeo, o objectivo é “manter a segurança do povo americano, mas também para reduzir a instabilidade no Médio Oriente.”

    Na semana passada, os Estados Unidos introduziram um projecto de resolução no Conselho de Segurança da ONU que estenderia o embargo de armas ao Irão antes de sua expiração em meados de Outubro de 2020.
    A Rússia e a China já expressaram oposição ao projecto de resolução.

    Em 2015, o Irão assinou um acordo nuclear com China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido, EUA, Alemanha e UE.

    O acordo, formalmente conhecido como Plano de Acção Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), estipula que o Irão deve reduzir seu programa nuclear e diminuir seu estoque de urânio em troca da flexibilização das sanções, incluindo o cancelamento do embargo de armas da ONU cinco anos após a adopção do acordo.

    Controle de armas com a Rússia
    O secretário de Estado norte-americano disse lamentar que a China tivesse decidido boicotar as conversações sobre controle de armas entre a Rússia e os EUA, que se realizaram em Viena.

    “Na semana passada, os Estados Unidos e a Rússia realizaram uma primeira rodada de conversações sobre controle de armas nucleares em Viena […] Infelizmente, Pequim boicotou as conversações para continuar seu histórico de secretismo e rejeição do multilateralismo”, afirmou Mike Pompeo.

    Pompeo disse que os Estados Unidos e a Rússia tiveram discussões positivas sobre uma ampla gama de questões, incluindo o acúmulo de armas secretas da China.

    Em 22 de Junho, a Rússia e os Estados Unidos realizaram conversações sobre o controle de armas em Viena, em um esforço para resgatar o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo START ou START III), que expira em Fevereiro de 2021.

    A China recusou repetidamente o convite para participar das conversações, frustrando as esperanças dos Estados Unidos de torná-las trilaterais.

    Antes da reunião de Viena, Marshall Billingslea, enviado presidencial dos EUA para o Controle de Armas, criticou a China por não aderir, publicando uma foto de uma mesa com pequenas bandeiras da Rússia, EUA e China.

    A Rússia, que acusou repetidamente os Estados Unidos de relutância em alargar o START III, questionou a veracidade da imagem.
    A delegação russa disse que não havia bandeiras chinesas na sala de reuniões das consultas bilaterais EUA-Rússia e que “em princípio, não poderia haver nenhuma”.

    ‘Contactos mais frequentes’ com Rússia
    Pompeo também referiu que o presidente Donald Trump decidirá se convidará a Rússia para a cúpula do G7, mas é importante e apropriado continuar a ter contactos mais frequentes com Moscovo.

    “No que diz respeito à Rússia e ao G7, quando eles [russos] estavam nisso, causavam problemas. estavam causando problemas. Fora disso, eles continuam a representar um risco para nós. Precisamos conversar com os russos. E assim, o presidente decide se ele quer que eles estejam na cúpula [do G7]. É sua decisão, certamente deixarei isso para ele. Mas acredito que é absolutamente importante que têm compromissos mais frequentes com os russos”, disse Pompeo.

    Pompeo acrescentou que acredita ser muito importante e apropriado que os Estados Unidos continuem o diálogo com a Rússia para convencer Moscovo a “mudar algumas das actividades que são inconsistentes com o que os Estados Unidos deveriam estar fazendo para preservar a segurança e a liberdade para seu próprio povo”.

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