Pelo menos seis membros de uma família foram desalojados e nove pescadores artesanais ficaram feridos nas últimas 24 horas, na zona costeira do Porto Amboim, província do Cuanza Sul, devido as calemas que se abatem na localidade.
Em 2018, as calemas causaram danos a diversas instituições públicas e residências, bem como aproximação de 40 metros da estrada nacional número 100.
De acordo com administrador municipal do Porto Amboim, António Eusébio, em declarações hoje (quinta-feira) à Angop, as calemas puseram em perigo mais de 42 famílias na zona da Fropesca, assim como a paralisação de dois restaurantes a beira-mar e danificaram 20 metros de esporões.
A administração municipal distribuiu, em 2018, 30 lotes de terras e chapas de zinco as famílias que residem em zonas de risco, porém devido aos negócios de pesca, elas resistem, tendo adiantando que voltarão a persuadi-las para abandonarem o local.
Relativamente aos trabalhos de contenção e estabilização do mar, fez saber que já foram construídos pelo menos oito esporões, mais a força do mar tem estado a destrui-las.
Em nota, o Governo do Cuanza Sul manifesta estar a acompanhar com preocupação as calemas que evadem actualmente a zona costeira do Porto Amboim, pelo que procederão a evacuação de alguns populares por precaução, apesar dos trabalhos que estão a ser realizados no local por duas empresas especializadas.
A zona litoral do Cuanza Sul (Sumbe e Porto Amboim) cobre uma zona costeira de 178 quilómetros.