Com um grau de execução na ordem dos 55 porcento, a primeira fase da autoestrada Nzeto/Soyo, situada na província do Zaire, no percurso da estrada nacional N100, ficará concluída em Julho de 2017, segundo o chefe dos serviços de estudos provincial do Instituto de Estradas de Angola (INEA), Manuel Diangani.
A autoestrada, de acordo com o projecto, tem uma extensão de 150 quilómetros e esta primeira fase prevê quatro faixas de rodagem, duas em cada sentido, e depois, no futuro, vai se aumentar mais outras duas faixas em cada sentido, que totalizará quatro faixas em cada sentido.
O projecto, que iniciou em 2008, contempla nove pontesgrandes – as mais largas do país,que possuem no mínimo 15 metros de largura e 300 metros de cumprimento o máximo.
Segundo Manuel Diangani, as pontes estão em paralelo, isto é, são duas pontes para dois sentidos que contando uma por uma seriam consideradas num total de 18.
O total de pontes tem no mínimo 1.240 metros. A primeira ponte paralela, que está a ser erguidapela Conduril, situa-se sobre o rio Mbridge e já foi executada na ordem dos 99 porcento.
As outras oitos pontes têm um grau de execução de 85 porcento e estão a ser construídas pela “Carmon Reestrutura”.
O chefe dos serviços de estudos do Instituto de Estradas de Angola (INEA) no Zaire informou que, tendo em vista a conclusão em Julho de 2017, foram reforçadas as equipas, e os meios e acelerada a dinâmica de trabalho.
Entretanto, evocou que o atraso das obras esteve relacionado com diversos constrangimentos como minas antipessoais, desvio do traçado por existência de 32 cemitérios e chuvas constantes que inibiam o avanço do trabalho.
De acordo com a fonte, apenas em 2013 foi retomado, em pleno, o trabalho por causa dos diversos obstáculos que foram surgindo na execução das empreeitadas”, disse a fonte.
“Depois da desimangem era preciso conformar o projecto à realidade para torná-lo exequível.Quer dizer, no sítio onde passaria a estrada, devido a 32 cemitérios que foram encontradados, tivemos que desviar o curso porque se não pagaríamos indemnizações”, contou, exemplificando que no Soyo a estrada chocava com a tubagem de petróleo que também obrigou-lhes a afastá-la.
Quanto à execução da estradas do projecto, disse que as empresas CMC, 45 quilómetros, Sinohidro, com 96km , e Emcica, com oito quilómetros e 100 metros, são as construtoras.
O projecto da autoestrada contepla três fases. Além das vias, que constituem a primeira, estão previstas na segunda fase espaços reservados à redes técnicas, gasodutos, cabos de energia eléctrica, telefone, que poderão passar ao longo da estrada.
Já na terceira está contemplado um espaço onde se vai construir a via férra.
Na óptica do também engenheiro, não faz sentido justifica a construção da via férrea neste momento fase devido ao reduzido volume de mercadorias que circula naquela região, mas quando o momento exigir e o Estado estiver financeiramente preparado será implementado a uma esta última fase.
O projecto da autoestrada foi concebido pela empresa DAR que efectua igualmente a fiscalização e consultoria. (ANGOP)