Os vendedores ambulantes justificam a comercialização de produtos diversos em zonas proibidas, muitos deles, a correr risco de perder a vida devido à actual realidade social e económica do país.
Por: Pedro José Mbinza
A actuação dos fiscais tem sido criticada constantemente, pelo facto de às vezes ser feita com violência física e extorsão. Os vendedores ambulantes alegam serem vítimas de extorsão por parte de alguns membros da fiscalização, no município de Luanda.
A vendedora ambulante, Fernanda Santos, ao falar do comportamento dos fiscais, disse à nossa reportagem que já teve que efectuar pagamento aos fiscais fora das suas instalações para ter de volta o seu negócio.
Moisés Dembe, outro vendedor ambulante, afirma que tem praticado a venda em locais impróprios devido à falta de emprego e a actual realidade social e económica do país.
Nesta altura, o director da Fiscalização do município de Luanda, Samuel Leão, diz que a venda desordenada é o que mais tem complicado e preocupado aquela instituição pública, em função dos cidadãos praticarem a venda desordenada em todos os lados.
Samuel Leão, referiu, por outro lado, que tem chamado a razão aos efectivos antes da actuação, no sentido de tratar os munícipes de forma pedagógica.
Entretanto, enquanto os vendedores esperam pela melhoria das condições sociais do País, muitas zonas da cidade de Luanda vão continuar a ser praças e mercados à céu aberto em função da procura diária de uma forma para a subsistência dos cidadãos que têm na venda ambulante o ganha-pão para as suas famílias.
