Em 2016, James Vlahos descobriu que o seu pai estava a morrer de cancro de pulmão.
Dolorosamente ciente de que o tempo que tinham juntos estava a acabar, Vlahos tratou de reunir memórias enquanto ainda podia, registando a história de vida do pai, desde memórias de infância até provérbios, músicas e piadas favoritas.
Uma vez transcritas, as gravações preencheram 200 páginas.
“Foi um recurso ótimo, mas inerte, e eu ansiava por algo interativo. Então, passei quase um ano a programar uma réplica de chatbot do meu pai: o ‘Dadbot'”, disse Vlahos.
Este “Dadbot” foi capaz de reviver as histórias do pai através de mensagens de texto, áudio, imagens e vídeo, criando uma experiência interativa.
Embora esta versão artificial nunca pudesse substituir o verdadeiro pai de Vlahos, deu-lhe um pouco de conforto e uma maneira mais intensa de se lembrar dele, através da inteligência artificial.
Também inspirou Vlahos a lançar HereAfter AI, uma empresa sediada nos EUA, que permite que as pessoas enviem as suas memórias, que são transformadas num “avatar de história de vida” que pode ser comunicado por amigos e familiares.
Ao contrário de um álbum de fotos empoeirado ou de um perfil adormecido no Facebook, é um método de arquivar uma parte de nós mesmos ou daqueles que amamos, que pode ser realmente trazida de volta à vida.