O presidente da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), Arnaldo Calado, disse na quinta-feira, em Luanda, que as metas da instituição para os próximos anos passam pela criação da Carteira Profissional e a construção de uma nova sede.
Falando durante a cerimónia de tomada de posse dos membros do Conselho da Carteira Profissional de Artista, adiantou que a introdução deste título vai ajudar a defender os interesses da classe.
Arnaldo Calado considera que o próximo ano é o da “conversação”, e pediu aos artistas que se aproximem mais e dialoguem com a UNAC. “A tarefa de definir os passos a seguir até à obtenção da Carteira está agora sob a responsabilidade dos membros dos conselhos empossados”, referiu, acrescentando que os artistas nacionais mais antigos vão merecer “um tratamento especial” na obtenção do título profissional.
O vice-ministro da Cultura, Cornélio Calei, pediu, durante a cerimónia, o empenho de todos, pelo facto do país se encontrar actualmente no desafio da economia de mercado e precisar, também, do conhecimento dos artistas, para acentuar a sua identidade. De acordo com os regulamentos, a Carteira Profissional de Artista visa, essencialmente, defender os postos de trabalho e melhorar a organização das actividades artísticas no país, tornando obrigatório o cumprimento de um código de ética e deontologia profissional, com responsabilidades civis e criminais para os incumpridores.
Outra das prioridades da UNAC é o resgate da dignidade e o respeito pela profissão de artista no país.
O Conselho da Carteira Profissional de Artista foi eleito em Assembleia-Geral Extraordinária da UNAC, realizada em Julho, e tem como presidente Isabel Ferreira.
Integram ainda o órgão, que tem como secretários permanentes, Belmiro Carlos, Salú Guimarães, José Pedrinho (Pedrito), Voto Gonçalves, Alevino Neto, Orlando Domingos, Paulo Figueira, Nelson Augusto e Carlitos Vieira Dias.
Homenagem
O cantor e compositor André Mingas foi homenageado na quinta-feira a título póstumo com um certificado de mérito, pelo contributo e legado deixado para o desenvolvimento e afirmação da música urbana angolana.
A distinção foi entregue a Rui Mingas, irmão do músico.
Foram ainda contemplados com diplomas de mérito, a directora do grupo Oásis, Vitória Soares, e os músicos Romão Ferreira e Prado Paím, que prometeram continuar a trabalhar para o desenvolvimento da cultura angolana.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Domingos Cadência