Os índices de exportações de Moçambique ultrapassaram, no primeiro semestre do ano, mais de metade do previsto para 2011, situando-se na ordem de 1.299,8 milhões de dólares, 51,2 por cento dos 2,4 mil milhões programados.
O facto foi revelado na quarta-feira, em Maputo, pelo Primeiro-Ministro, Aires Ali, durante a sessão de pedidos de informação ao Governo pelas três bancadas parlamentares referentes à aplicação do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário, Protecção e Exploração dos Recursos Naturais e ao Sistema de Previdência Social para o Idoso.
Os principais produtos exportados pelo país são o alumínio, energia eléctrica e produtos agrícolas, incluindo madeira. Dados recentemente divulgados pelo Governo indicam que os 2,4 mil milhões de dólares de exportações podem ser ultrapassados com o início da venda do carvão de Moatize, em Setembro último.
Na ocasião, Aires Ali referiu que, no mesmo período, o país registou um crescimento de 7,1 por cento na produção global, cifra situada acima do nível percentual do plano anual (6,7 por cento) necessário para se alcançar 7,2 pontos percentuais de crescimento do Produto Interno Bruto para 2011. O crescimento global acima da média planificada para o ano deveu-se, segundo o governante, ao desempenho da economia nos ramos da indústria, comércio, agricultura, transportes e comunicações.
Fazendo um balanço do desempenho económico ao longo dos primeiros seis meses do ano, Aires Ali afirmou que a inflação média foi de 14,7 por cento, contra o planificado de 9,5 por cento para 2011, e uma inflação acumulada de 3,3 por cento, além de ter atingido um nível de reservas internacionais líquidas de 1,89 mil milhões de dólares, que podem financiar 4,3 meses de importações de bens e serviços para o normal funcionamento económico e social do país.
Para o Primeiro-Ministro, os desafios do Governo continuam a ser a criação de oportunidades de emprego e de um ambiente favorável ao investimento privado e desenvolvimento de um empresariado nacional, salvaguardando, no entanto, uma correcta gestão do meio ambiente, para além de melhorar em quantidade e qualidade os serviços públicos de educação, saúde, água e saneamento, estradas e energia, e de prosseguir com a consolidação de uma administração local do Estado e Autárquica ao serviço do cidadão.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: João Gomes