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    Uma nova “Flotilha da Liberdade” para furar o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza

    (DR)
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    O que está a acontecer?
    3 navios estão a caminho da Faixa de Gaza numa tentativa de quebrar o bloqueio imposto ao território por Israel. As embarcações são tripuladas por ativistas da “Flotilha da Liberdade”. A bordo estão ativistas pró-Palestina, parlamentares europeus e o ex-presidente tunisino Moncef Marzouki. Os planos de rotas estão em segredo de modo a evitar que sejam intercetados pelas autoridades israelitas.

    Qual é o objetivo?
    A flotilha leva, nos porões, painéis solares e medicamentos. Os ativistas pretendem ajudar a população de Gaza a produzir energia depois de, em julho de 2014, as forças israelitas terem bombardeado várias infraestruturas. A organização espera que, mesmo que não consigam entregar a carga, o embargo israelita ao território volte a merecer a atenção da comunidade internacional.

    Antecedentes
    O embargo de Israel a Gaza está em vigor há quase 8 anos. Há cinco anos, um grupo de ativistas tentou furar o embargo e foi alvo de um violento ataque por parte das forças de Israel. Dez ativistas morreram e vinte e oito ficaram feridos. Cinco soldados israelitas ficaram feridos.

    Em julho de 2011, o grupo tentou, mais uma vez, chegar a Gaza, a “Flotilha da Liberdade 2”, mas foi impedido de deixar os portos da Grécia e da Turquia. Posteriormente, outras embarcações foram intercetadas pelos israelitas em águas internacionais, impedidas de chegar ao destino.

    O grupo que sustenta a “Flotilha da Liberdade” tentou, também, reconverter um barco de pesca em Gaza, o “Arca de Gaza”, para tentar furar o bloqueio através do interior e assim conseguir exportar alguns produtos mas a embarcação foi destruída durante os ataques israelitas de 2014.

    Quem está envolvido?
    A bordo desta nova flotilha vai o antigo presidente tunisino Moncef Marzouki. Do grupo fazem parte, também, outros políticos, atletas, artistas e Teresa Forcades, uma religiosa espanhola.

    Neste vídeo o ativista, Robert Lovelace, explica porque está a bordo desta “Flotilha da Liberdade III

    Como é a vida a bordo?
    O correspondente da euronews, Aissa Boukanoun, passou três dias a bordo do “Marianne of Gothenberg”, que partiu da Suécia para se juntar à flotilha.

    O que dizem?
    Os ativistas, a bordo, dizem que o objetivo é, exclusivamente, humanitário e que não apoiam qualquer partido político.

    “Não estamos ao serviço de qualquer agenda política de qualquer grupo ou partido. Dedicamo-nos, exclusivamente, nesta ação pacífica de apoio e defesa dos direitos humanos do povo palestiniano. Desta vez vamos chegar a Gaza”, afirma Joel Opperdoes, a 32 anos e capitão do navio sueco.

    O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Ron Prosor, descreveu a missão como uma provocação e disse que o país vai impedi-los de atingirem o objetivo. A ativista sueca, Hellen Huttu Hanson, afirmou que o risco de um confronto com o exército israelita é um risco que vale a pena correr: “o povo palestino vive em Gaza e todos os dias correm risco [de vida]. Somos todos iguais [seres humanos], por isso se conseguirmos mostrar a nossa solidariedade, correndo rico, uma vez, por que não fazer isso?” (euronews.com)

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