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    Últimos Lotes da estrada Malanje/Saurimo: Obras da 230 ajustadas aos padrões da SADC

    Reabilitação, a cargo do consórcio Mota Engil e Omatapalo, abarca obras de arte como pontes e suportes de protecção.

    As obras de reabilitação da Estrada Nacional 230, na via Malanje/Saurimo, estão ajustadas aos padrões da SADC, a um preço médio de 900 mil dólares por quilómetro de estrada, garantiu, ontem, o ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Tavares de Almeida.

    Ao intervir no acto de consignação da empreitada de reabilitação dos últimos cinco lotes, de 328,7 quilómetros, o ministro indicou que as cláusulas constantes nos contratos subscritos prevêem infra-estruturas ajustadas aos padrões da SADC, com custos abaixo de um milhão de dólares que habitualmente as empreiteiras cobravam por quilómetro de estrada.

    O ministro explicou que “a reabilitação da estrada, ao preço médio referido, por quilómetro, abarca obras de arte como pontes, suportes de protecção em troços delicados como a baixa de Cassanje, que implica cautelas na movimentação de terras”.

    Considerou que a empreitada abre grandes oportunidades para a criação de empregos na região. Está prevista a criação de 1.099 empregos directos.

    A cerimónia decorreu na localidade de Peso Velho, comuna de Mona-Quimbundo, na Lunda-Sul. As obras foram adjudicadas às empreiteiras Mota Engil e Omatapalo e ficam concluídas dentro de 18 meses.

    Manuel Tavares de Almeida referiu que as empreitadas incluem a edificação de uma via circular à cidade de Saurimo, numa extensão de 60 quilómetros.

    O ministro enalteceu os esforços do Presidente da República, João Lourenço, ao disponibilizar “financiamento interno para investir numa empreitada extensa, num momento de crise, para os primeiros 300 quilómetros”.

    Em breves palavras, o governador da Lunda-Sul, Daniel Neto, considerou que o acto assinala “um grande momento, esperado por todos”, para impulsionar o progresso sufocado pela utilização de uma via, cuja degradação encareceu o custo de vida na região.

    O representante da Mota Engil SA, Carlos Simões, disse que “a obra é um bom desafio, a ser enfrentado com responsabilidade por parte dos 300” trabalhadores.

    Manuel Tavares de Almeida referiu que as empreitadas incluem a edificação de uma via circular à cidade de Saurimo, numa extensão de 60 quilómetros

    Acrescentou que a inclusão de uma circular para a cidade de Saurimo vai descongestionar o trânsito e reduzir a ocorrência de acidentes, viabilizados também pelo estreitamento da via.

    Para o secretário provincial da UNITA, Salvador António, presente na cerimónia, o arranque dos trabalhos responde aos apelos de todos, para ajudar a eliminar as assimetrias no desenvolvimento das regiões do país.

    Satisfeito com o que testemunhou, o regedor da localidade de Peso Velho,  Francisco Sandembo, vislumbra um futuro risonho para a população e emprego para os jovens.

    Os últimos cinco lotes consignados ontem abrangem os troços

    Muamussanda/ Sapimbe ( 54,77 quilómetros), Sapimbe/Rio Tô (61 quilómetros), Rio Tô/Rio Peso (72 quilómetros), Rio Peso/ Saurimo (81 quilómetros) e Circular de Saurimo (60 quilómetros).

    Com a realização do acto, ficam cobertos os 10 lotes do troço Malanje/Saurimo, com extensão de cerca de 630 quilómetros. As obras têm um custo total de 630 milhões de dólares.

    Os primeiros cinco lotes já consignados, de cerca de 300 quilómetros, abrangem os troços Malanje/Caculama, Caculama/Rio Lui (província de Malanje), Rio Lui/XáMuteba, Xá-Muteba/Cangola e Cangola/Muamussamba (província da Lunda-Norte).

    Com a reabilitação da via, que liga o Leste ao litoral, abrem-se boas perspectivas para a população da região, que espera pela rápida conclusão das obras, para fazer chegar, com mais facilidade, os produtos a outras zonas do país e receber, com regularidade, produtos de outras regiões.

    No acto de consignação dos primeiros cinco lotes, na semana passada, o ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Tavares de Almeida, informou que as obras têm preços diferenciados em função das especificidades de cada troço. Explicou que uns são mais complexos, como por exemplo, o maior número de pontes, enquanto que outros são simples. A missão principal, disse, é dar início às obras que vão permitir maior comodidade aos viajantes e um maior desenvolvimento do Leste.

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