O lendário grupo inglês da cidade de Birmingham é o principal atractivo do Festival Internacional que promete levar para a cidade-sede do Kwanza-Sul uma moldura humana vinda de vários pontos.
Quando na edição de 2012 o integrante do grupo antilhano Kassav, Jacob Desvarieux, subiu ao palco para com o estridente som de sua guitarra tocar no festisumbe, houve quem imaginasse estarem ai mesmo (não passando disso) Joiciline, Jean Filipe Martini ou Jorges Décimus. A multidão presente na marginal do Sumbe, no Kwanza-Sul, viveu momentos de sonho.
Para os organizadores era tal o alcance desta miscelânia de músicos com reconhecida carreira internacional e outros nacionais, onde Yuri da Cunha não deixou os créditos de “show-man” em mãos alheias e foi, a todos os títulos, sensacional e bastante aplaudida elevando para níveis mais altos as futuras edições. Konde, Ary, Matias Damásio, Big Nelo entre outros abrilhantaram um espectáculo à altura dos angolanos.
O ano de 2013 não fica a dever em grandeza. Angola prepara-se para ver cantar e encantar no mesmo palco da Marginal do Sumbe o lendário grupo inglês UB40, a atracção desta edição. Entre os dias 20 e 21 deste mês, vários músicos desfilam no ambiente quente do “FestiSumbe 2013”.
Ter os UB 40 ao vivo é para muitas gerações, sobretudo as de 80 e 90, uma boa massagem à alma. O grupo surgiu em 1978 numa fila de Seguro Social Britânica e extraiu o seu nome de um impresso do fundo de desemprego, designado por Unemployment Benefit 40 (benefício de desemprego). A sua formação multi-racial reflecte o meio de onde emergiram os seus membros. Formado pelos irmãos Ali (voz e guitarra) e Robin Campbell (guitarra), Earl Falconer (baixo), Mickey Virtue (teclados), Brian Travers (saxofone), Jim Brown (bateria) e Norman Hassan (percussão), o UB40 popularizou ritmos jamaicanos entre os ingleses brancos de classe operária, agregando um forte carácter político-social.Ali Campbell abandonou os UB 40 em 2009, depois de 30 anos como vocalista da banda britânica.A banda segue agora com o novo vocalista também irmão da dupla de fundadores.
Casa 70 de volta
Quatro anos depois, a promotora nacional de espectáculos Casa 70 retoma este ano a produção do tradicional Festival Internacional de Música do Sumbe (FestiSumbe), que se realiza anualmente em Setembro no Kwanza-Sul, segundo noticiou a edição on-line do angofama. A promotora, que havia declinado, em 2010, a produção do festival por discordar de alguns aspectos, depois de oito anos de trabalho com o governo do Kwanza-Sul, volta, desta forma, a assumir as despesas do evento que anualmente movimenta centenas de milhares de fãs e dezenas de artistas, entre nacionais e estrangeiros.
As edições de 2010, 2011 e 2012 foram produzidas pela produtora Sector 7, empresa com a qual a Casa 70 havia já dividido a produção de 2009. A informação foi avançada hoje, segunda-feira, à Angop, por Rosa Matias, membro da produção da Casa 70, que diz ser uma satisfação retomar a produção do já denominado maior festival de música realizado anualmente em palcos angolanos.
“Depois de um interregno, a Casa 70 volta a ter a responsabilidade de produzir o FestiSumbe, sendo uma satisfação para a promotora, tendo em conta o historial que temos para com o evento em causa”, reforçou.
Sem entrar em grandes pormenores, Rosa Matias informou que estão nesta altura a trabalhar já em alguns aspectos, nomeadamente na escolha do elenco para a presente edição. ISAQUE LOURENÇO (Jornal de Economia & Finanças)