Empunhando uma imensa bandeira turca, mais de 10.000 pessoas manifestaram-se, esta quinta-feira, nas ruas de Ancara, para denunciar o “terrorismo”.
Sob o ‘slogan’ “sim à unidade, não ao terror”, responderam ao apelo de mais de 200 ONG, sindicatos e organizações profissionais, numa altura em que se intensificam os combates entre o exército e os rebeldes curdos no sudeste da Turquia.
“Não temos opção, temos de aceitar as nossas diferenças como marca da nossa diversidade cultural e viver em conjunto. É por isso que condenamos o terrorismo e defendemos a fraternidade. É por isso que hoje estamos aqui”, explica um manifestante.
Outro acrescenta: “Estou aqui pela fraternidade. Estou aqui para pôr fim à estas tragédias. Turcos e curdos são irmãos. Os traidores são os separatistas. Quero ver o processo de paz concluído.”
Um processo de paz que começou timidamente em 2012, mas que está em suspenso, devido à escalada da violência entre as forças de segurança turcas e os militantes do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão.
Desde julho, contabilizam-se 120 mortos entre o exército e a polícia e várias centenas entre os membros do PKK – considerado uma organização terrorista por Ancara e por uma boa parte dos manifestantes. (Euronews)
por Dulce Dias | com AFP, REUTERS, AP