O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) manteve esta quinta-feira a decisão de levantar o arresto de bens do empresário luso-angolano Álvaro Sobrinho, após rejeitar as nulidades invocadas pelo Ministério Público, disse à Lusa fonte da Relação.
Segundo a mesma fonte, o TRL considerou “improcedentes as nulidades arguidas” no recurso do Ministério Público contra a decisão deste tribunal superior, que, a 7 de Julho último, voltou a levantar o arresto de bens a Álvaro Sobrinho num caso relacionado com suspeitas de branqueamento de capitais.
A decisão desta quinta-feira, 29 de Setembro, teve como relator o juiz desembargador Antero Luís e como adjunto João Abrunhosa.
Em Julho, o TRL deu provimento a um recurso do empresário e antigo director do Banco Espírito Santo (BES) Angola e da empresa Grunberg Portugal, Unipessoal, Lda., cuja actividade económica está relacionada com a compra e venda de bens imobiliários.
Nessa decisão, a Relação revogou um arresto de bens promovido pelo Ministério Público e confirmado pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal Carlos Alexandre.
Em 2014, o Correio da Manhã noticiou que cinco apartamentos de luxo em Cascais de Álvaro Sobrinho foram arrestados e convertidos em definitivo a favor do Ministério Público, adiantando que o ex-presidente executivo do BES Angola era suspeito de branquear 80 milhões de euros, numa investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). (jornaldenegocios)