A reconciliação nacional pode ser a batalha que se segue na Ucrânia.
A leste encontramos cidadãos mais próximos da Rússia, a ocidente os pró-europeus. E, por estes dias, uma homenagem aos manifestantes que perderam a vida em Kiev basta para incendiar os ânimos nas ruas. Foi o que aconteceu em Donestk, no leste do país onde as orações foram interrompidas por ucranianos pró-russos. “Fascistas” e “vão-se embora” foram algumas das palavras mais ouvidas.
A tensão é, também, evidente na Crimeia que já pediu a independência à Ucrânia. Este domingo um grupo de pessoas deslocou-se à câmara municipal de Kerch e substituiu a bandeira nacional pela da Rússia.
A marcha foi acompanhada por dezenas de pessoas que se sentem mais próximas de Moscovo que de Kiev. Falam russo, pertencem à Igreja Ortodoxa Russa e eram até há bem pouco tempo dirigidos por um homem fiel ao Kremlin.
A Ucrânia ganhou a independência após o desmoronamento da antiga União Soviética, em 1991, mas no que toca à unidade nacional tem, ainda, um longo caminho a percorrer. (euronews.com)