Luanda – O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, disse hoje, sexta-feira, em Luanda, que a actual taxa de cobertura média do fornecimento de energia eléctrica no país é inferior a 50 porcento.
O governante, que prestou esta informação durante a cerimónia de cumprimentos de fim de ano do sector, frisou que a oferta de energia eléctrica no país está muito aquém de satisfazer as necessidades da população e de empreendimentos económicos.
“O fornecimento de energia eléctrica a nível nacional é ainda baixo, com uma taxa de cobertura média abaixo dos 50 porcento, como consequência dos avanços da economia e do crescimento populacional, que não têm sido acompanhados na mesma medida com os investimentos de reforço e expansão da capacidade energética”, admitiu.
Apontou ainda a destruição de importantes infra-estruturas do sector eléctrico como centrais hidroeléctricas, durante o conflito armado, como outras das principias causas do défice energético no país.
Para ultrapassar o actual quadro, referiu que o Executivo está a implementar desde 2008 um programa com duas fases de reabilitação e de expansão da rede eléctrica no país.
Adiantou que a fase de reabilitação, com um prazo de execução até 2013, já permitiu alcançar resultados importantes como a recuperação de algumas infra-estruturas de produção destruídas durante o período de guerra, como as barragens de Cambambe, Mabubas, Lomaum e Gove.
Esta fase, sublinhou o governante, está a proporcionar ainda investimentos na área do reforço da capacidade térmica, bem como elevar a potência eléctrica para cerca de 400 mega watts (MW).
Recordou, na mesma esteira, que o sector prossegue com o Programa de Estabilização, através do qual está a ser construída a Central Hidroeléctrica de Cambambe II, assim como decorre a preparação para o arranque da Central de Lauca e a Central Térmica do Soyo.
“A Central Eléctrica do Soyo será o primeiro empreendimento do género no país a operar com gás natural e vai atender fundamentalmente as necessidades energéticas de Luanda”, frisou.
Segundo o responsável, o Programa de Estabilização será concluído em 2016, com instalação de 5 mil mega watts (Mw), que permitirá regularizar definitivamente o fornecimento de energia eléctrica no país.
Participaram do evento o secretário de Estado das Águas, Luís Filipe da Silva, presidentes de conselhos de administração das empresas do sector, directores nacionais, técnicos, funcionários administrativos e colaboradores do sector, entre outros convidados.
Fonte: Angop
Foto: Angop