Bloqueios, tiros e um país em estado de emergência: estão lançados os dados para as eleições antecipadas de hoje na Tailândia. Ao todo, 200 mil polícias e cerca de 7000 militares estão destacados para tentar manter a segurança durante o acto eleitoral.
Só em Banguecoque, são dez mil os elementos das forças de segurança, mas isso não impediu que dois acampamentos da oposição tenham sido atacados a tiro na última madrugada. Para impedir a votação, a oposição montou tendas, acorrentou portões e tem camiões a bloquear o acesso às mesas de voto. Um desses veículos foi atingindo a tiro por desconhecidos num incidente que não provocou feridos.
As elites urbanas que se opõem ao poder da família Shinawatra querem que seja instaurado um “conselho do povo” para reformar o sistema político antes de eleger um novo Parlamento. Para celebrar o ano novo chinês, a oposição trocou o amarelo pelo vermelho, a cor habitual dos partidários do governo. No actual modelo político, o apoio da população pobre do norte rural da Tailândia deve ser suficiente para garantir a reeleição de Yingluck Shinawatra, irmã do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que vive exilado desde o golpe de Estado de 2006. Desde Novembro, a violência causou dez mortos na Tailândia. (jornaldeangola.sapo.com)