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    Sporting-FC Porto, 1-2

    Ruben Amorim foi ao laboratório testar fórmulas novas, mas o elixir da felicidade estava com Sérgio Conceição, e por isso o resultado final foi um clássico dos últimos tempos. O Sporting somou o oitavo jogo sem conseguir vencer o FC Porto, que por seu lado venceu os quatro últimos duelos com os leões, três dos quais na presente temporada.

    O treinador leonino surpreendeu várias vezes, antes e durante o jogo, mas não conseguiu inverter a tendência dos duelos com o FC Porto. Os dragões tiveram felicidade, sobretudo na forma como chegaram ao primeiro golo, mas também mérito, claro, até porque nenhuma equipa consegue este registo de ascendente sobre um rival por acaso.

    Ruben Amorim reservou várias surpresas para o Clássico, e a maior delas nem foi deixar Paulinho no banco, mesmo depois do apelo judicial que «suspendeu» o castigo de três jogos ao avançado. Chermiti tinha apontado o golo da vitória em Vila do Conde, e continuou a ter a confiança do técnico leonino, que decidiu promover a estreia a titular de Bellerín, mas que surpreendeu sobretudo pela aposta em Fatawu, para o lugar de Nuno Santos.

    Embora tenha saído ao intervalo, o ganês deixou boas indicações na primeira parte, perante a exigência do encontro. A primeira grande ocasião do encontro nasceu nos seus pés, de resto, com um passe a lançar Matheus Reis no lado esquerdo da área, para um cruzamento atrasado que Marcus Edwards desviou em demasia, e que, por isso, saiu ao lado.

    Três minutos depois o Sporting voltou a ganhar a linha de fundo, desta feita com Bellerín a cruzar atrasado, mas o pé direito de Trincão não conseguiu desviar a bola de Diogo Costa.

    Se os primeiros sinais de perigo foram do Sporting, a resposta do FC Porto fez ouvir-se o estrondo da bola a bater no poste, perante o desvio de Taremi na cara de Adán (35m).

    O jogo estava animado e repartido, por essa altura, mas Amorim decidiu lançar Paulinho no lugar de Trincão, uma vez mais abaixo dos serviços mínimos.

    Chermiti não esteve muito melhor, mas ao minuto 41 já estaria a preparar o festejo quando viu o remate sair contra o corpo de Marcano, após cruzamento de Edwards. Claramente o mais esclarecido do ataque leonino, o inglês viu Diogo Costa negar-lhe o golo de livre direto com uma espantosa defesa.

    Taremi ainda teve um desvio perigoso de cabeça, que saiu ao lado, mas ao intervalo o marcador fazia justiça ao equilíbrio, embora sem golos para assinalar.

    Do golpe de felicidade ao final alucinante, já com lotação reduzida

    Em perfeito contraste, a etapa complementar teve menos situações claras de golo, mas com direito a festa. Ao minuto 61, com o jogo bem mais fechado, o FC Porto beneficiou de um golpe de felicidade para colocar-se em vantagem. Era com Taremi que Uribe queria tabelar, mas o ressalto em Ugarte saiu melhor do que a encomenda: Gonçalo Inácio ficou batido e o internacional colombiano deu por si na cara de Adán.

    Na tentativa de impulsionar uma reação da equipa, Ruben Amorim voltou a surpreender: Ricardo Esgaio, que tinha rendido Bellerín, esteve apenas quinze minutos em campo, para dar o lugar a Arthur. Diomande entrou ao mesmo tempo para o lugar de Matheus Reis.

    Quando Ruben Amorim esgotou as substituições, Sérgio Conceição ainda não tinha mexido na equipa. O treinador portista foi gerindo a condição física de algumas unidades, até tendo em conta as limitações que tinha nas opções, mas num final alucinante contou com a sobriedade notável de Diogo Costa.

    O guarda-redes portista começou por negar o empate a Chermiti (88m), e mesmo depois, quando o jovem avançado festejou um golo, anulado posteriormente por fora de jogo, Diogo Costa ainda defendeu um primeiro remate.

    A melhor forma que o FC Porto arranjou para superar o susto foi festejar o 2-0, apontado por Pepê, com um pormenor de classe, ao aparecer isolado diante de Adán (90+5).

    Muitos adeptos do Sporting nem quiseram esperar pelo final do jogo, mas a verdade é que a equipa de Amorim lutou até ao fim. Ainda reduziu a diferença, por Chermiti (90+7), e teve ainda um pontapé de canto em que Adán foi ao ataque desviar uma bola que parecia mais favorável a Diomande.

    Não se pode dizer que a supremacia do FC Porto tenha ficado evidente, mas a equipa de Sérgio Conceição derrubou o leão, uma vez mais, e ganha motivação para a luta pelo título, novamente a cinco pontos do líder Benfica.

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