Isabel dos Santos, recém-nomeada presidente do Conselho de Administração da Sonangol esteve reunida hoje com empresas do sector no preciso dia em que foi depositada uma providência cautelar contestando a sua nomeação pelo presidente José Eduardo dos Santos, seu pai.
Decorreu hoje em Angola uma reunião na sede da Sonangol com as administrações das petrolíferas internacionais que operam no país. As empresas disponibilizaram-se para participar no processo de redução de custos, no âmbito da reestruturação e ganhos de eficiência anunciados por Isabel dos Santos para a concessionária estatal.
A Sonangol quer baixar barril de crude produzido em Angola de 14 para menos de 10 dólares.
Entretanto um grupo de juristas formalizou, também esta quinta-feira, junto da Procuradoria-Geral da República de Angola uma queixa por improbidade pública à decisão do Presidente José Eduardo dos Santos em nomear a filha Isabel dos Santos para a presidência do Conselho de Administração da Sonangol.
David Mendes, presidente da Associação Mãos Livres, que lidera o grupo, depositou igualmente uma carta no Tribunal Supremo a solicitar a impugnação do acto administrativo e uma carta de reclamação junto do Presidente da República na qualidade de titular do poder Executivo.
Os juristas dizem que a nomeação configura nepotismo e violação das leis vigentes. (RFI)
por Avelino Miguel