Seis novas fábricas começarão a operar na Zona Económica Exclusiva (ZEE) Luanda – Bengo.
As novas unidades envolvem um investimento de USD 78 milhões, totalmente financiado pela Sonangol Investimentos Industriais (SIIND), sem recurso a qualquer financiamento bancário, foram inauguradas na passada segunda-feira pelo ministro da geologia e Minas e Indústria, Joaquim David, numa cerimónia que constituiu uma verdadeira ‘maratona’ percorrida ao longo de mais de quatro horas por uma numerosa comitiva que integrava ainda o ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, a administração da Sonangol e a comissão executiva da SIIND que se fizeram representar em peso. Foi ainda inaugurada uma nova estação de tratamento de águas residuais (ETAR), que atenderá todas as unidades previstas para o primeiro quadrante da ZEE.
As novas unidades, que operam em diferentes domínios da produção industrial, desde o fabrico de colchões e espuma à indústria de cabos eléctricos e material eléctrico de média e baixa tensão, passando pelo fabrico de colchões, tubos de polietileno, acessórios de PVC e PE e telhas metálicas, juntam-se às oito já existentes na ZEE, fazendo elevar o investimento da SIIND no parque industrial para USD 128 milhões. A comissão executiva da SIIND espera que, ao longo do segundo semestre deste ano, outras 12 fábricas entrem em funcionamento (ferragens, galvanoplastia, bombas de água, metalomecânica, embalagens metálicas, sacos de plástico, galvanização, pavilhões metálicos, vidros para construção civil e cartonagem). A SIIND prossegue o objectivo de colocar em funcionamento na ZEE 26 unidades industriais até ao início de 2013 e um total de 53 unidades industriais até 2014.
Quanto à eventual adjudicação das fábricas a privados a Sonangol não dispõe ainda de qualquer orientação do Executivo, a quem cabe definir qual o futuro a dar a estas unidades industriais. É, entretanto, intenção da Sonangol vir a estabelecer parcerias com entidades privadas, negociando, nesse caso, com os novos parceiros as suas quotas de capital.
Até ao momento foram criados na ZEE Luanda – Bengo 3.600 postos de trabalho, um terço dos quais nas 14 unidades industriais que se encontram já a operar, e dois terços em empregos indirectos criados no âmbito da ZEE, designadamente nos ramos da construção civil, segurança e prestação de serviços.
As fábricas uma a uma
A Ninhoflex fabrica colchões de espuma, molas e almofadas de diversos tamanhos e densidades. Apresenta uma capacidade de produção mensal de 42 mil colchões de espuma, 4.200 colchões de molas e 8.000 almofadas e ainda de 23 mil m3 de espuma industrial. A unidade emprega 80 pessoas e a sua produção dirige-se inteiramente para o mercado interno. A Indutubos dedica-se à produção de tubos de polietileno de alta densidade, apresentando uma capacidade de produção de 5.802 toneladas de tubos por ano. A fábrica, que ocupa uma área de produção de 1.900 m2 e uma área de armazém de 2.000 m2, emprega, directamente, 33 pessoas. Tem como principais clientes a EPAL, a construção civil e os armazéns de revenda de materiais de construção. A Telhafal está equipada com 10 perfiladoras para o fabrico de telhas e uma para o fabrico de cumeeiras, dispondo ainda de uma máquina de corte de esponja. Empregando 63 trabalhadores, produz, em cada turno de oito horas, telhas para a cobertura de 96 casas. Os seus clientes-alvo são as empresas de construção civil e de revenda de materiais de cons
trução. A Transplás apresenta uma capacidade de produção de acessórios em PVC e polietileno de 1.973 toneladas anualmente. A unidade emprega 50 pessoas e tem como potenciais clientes os armazéns de revenda de materiais de construção e as empresas de construção civil. A MBT fabrica euquipamento de média e baixa tensão – aparelhagens, transformadores e isoladores. Com capacidade para produzir anualmente 20 mil unidades com apenas um turno de trabalho, e empregando 96 trabalhadores, conta entre os potenciais clientes com a ENE, EMEL, EDEL, ENCEL e EMICOL. A Inducabos está voltada para o fabrico de cabos de baixa, média e alta tensão, destinados a instalações residenciais e industriais, bem como linhas de distribuição e transmissão. Apresenta uma capacidade de produção anual de mais de 71,8 milhões de metros de cabo no primeiro ano de laboração, passando a 163 milhões de metros após o terceiro ano de funcionamento. Emprega 87 profissionais e tem como potenciais clientes a ENE, EDEL e as empresas de construção.
A nova ETAR apresenta, para já, uma capacidade de 42 litros por segundo e ainda uma capacidade adicional de 11 litros por segundo para receber parte dos resíduos do segundo quadrante. A ETAR será ampliada para a capacidade de 84 litros por segundo, permitindo o atendimento integral das indústrias do segundo quadrante e, numa terceira e última fase, a sua capacidade será elevada para 126 litros por segundo.
Fonte: OPAIS
