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    Só 88 empresas angolanas utilizam código de barras

    Apenas 88 empresas nacionais utilizam, até ao momento, códigos de barras, geralmente de segundos países, de acordo com o coordenador da Comissão Técnica do Processo do Código de Barras em Angola.

    Farid Bouhamara disse, em Luanda, que o país precisa de um mínimo de 200 empresas para registar-se no organismo internacional que tutela o código de barras, havendo um processo nesse sentido que se pretende encerrado até Março do próximo ano.

    Durante um seminário realizado em formato híbrido, presencial e digital, a partir da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, Farid Bouhamara adiantou que muitas empresas e produtos angolanos são exportados com selos de outros países, porquanto a função do código de barras é identificar a origem dos bens transaccionados nos mercados.

    “É o momento de avançarmos com o projecto do código de barras. Vai modernizar a economia e contribuir para luta contra a concorrência desleal e os produtos contrafeitos”, assegurou.

    Diversificação
    Na sua intervenção, o presidente do Conselho de Administração da ZEE, António Henriques da Silva, afirmou que o país vive um dos momentos mais desafiantes e exigentes da história e que a necessidade de diversificar a economia e fazê-la mais sustentável e competitiva tornou-se num desígnio nacional como, aliás, consta do programa de Governo.

    “Este desafio é ainda mais complexo devido ao contexto internacional. A globalização tomou conta dos mercados, a pandemia da Covid-19 colocou exigências para as quais ninguém estava preparado e, Angola, precisa de adoptar medidas que a coloquem num rumo de desenvolvimento e de criação de riqueza sustentável para todos os cidadãos”, afirmou.

    António Henriques da Silva, que também lidera a Agência de Investimentos Privados e Promoção das Exportações (AIPEX), recorda que o país passou a integrar, desde 1 de Janeiro de 2021, a Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), que possibilita o acesso a um mercado pujante, em constante crescimento, com um potencial de 1200 milhões de consumidores, mas que obriga a ser cada vez mais competitivo e transparente.

    “A criação de um ambiente de negócios previsível e transparente, com particular ênfase para o combate à corrupção, tem sido uma das grandes bandeiras do Executivo, cujas acções, no sentido de transformar Angola num mercado fiável e atractivo para os investidores, têm sido enaltecidas nos mais altos patamares da diplomacia internacional. Cabe-nos a nós, gestores e decisores, executar as linhas de acção definidas pelo Presidente da República no sentido de criar em Angola uma economia capaz de produzir mais e melhor, ser mais competitiva e transparente, gerando mais emprego, mais empresários, em suma, criando mais riqueza para todos os angolanos”, concluiu.

    Internacionalização
    A promoção da internacionalização das empresas angolanas foi o tema principal do seminário realizado, ontem, nas instalações da empresa GMST, na Zona Económica Especial Luanda-Bengo.

    Organizado pela ZEE Luanda-Bengo e Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA), em parceria com a AIPEX, o seminário decorreu sob o lema “Caminhos para a internacionalização das empresas angolanas” e pretendeu contribuir para se alcançar o grande desígnio de tornar a economia angolana mais transparente, competitiva e sustentável.

    O evento foi orientado pelo secretário de Estado para a Indústria, Ivan do Padro, e contou om as intervenções do presidente da CCIA, Vicente Soares, o coordenador da Comissão Técnica do Processo do Código de Barras em Angola, Farid Bouhamara, e um representante da empresa Sogester.

    Projectos na ZEE
    A Zona Económica Especial Luanda-Bengo aprovou, de Janeiro até este mês de Julho, um total de 10 projectos avaliados em 70 milhões de dólares.

    De acordo com dados obtidos pelo Jornal de Angola junto da administração da ZEE, os investimentos são provenientes da Eritreia, Rwanda, Alemanha, Índia e também Angola (internos).

    Por outro lado, a unidade industrial ZEE E.P gerou seis mil empregos com as várias iniciativas e, para os próximos meses, tem em vista a inauguração de fábricas de montagem de fogões, arcas e outros electrodomésticos.

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