Durão Barroso considerou hoje que será «extremamente difícil, senão impossível» para a Escócia aderir à União Europeia, caso os escoceses optem pela independência no referendo de setembro.
«Penso que será extremamente difícil, senão impossível» para uma Escócia independente integrar a União Europeia, já que a adesão de um Estado saído de um país membro da União Europeia (UE) «tem que ser aprovado por todos os outros membros», disse Durão Barroso à cadeia de televisão BBC.
O presidente da Comissão Europeia, que assegurou não querer interferir no debate sobre a independência da Escócia, considerou que conseguir o apoio de 28 países membros da UE seria «extremamente difícil, se não impossível».
Barroso recordou que a Espanha, por exemplo, se opôs ao reconhecimento do Kosovo. «Se há um país novo, tem que pedir a adesão e é muito importante que seja aprovado por todos», insistiu.
As palavras de Barroso representam um novo revés para o ministro principal da Escócia, o nacionalista Alex Salmond, que defende o “sim” no referendo sobre a independência do país previsto para 18 de setembro.
Salmond quer que a Escócia continue na União Europeia e defende a manutenção da libra esterlina como moeda, algo já recusado esta semana pelo Governo britânico pelos restantes grandes partidos do Reino Unido. (tsf.pt)