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    Seguro quer exclusividade dos trabalhadores na Saúde

    António José Seguro (PUBLICO)
    António José Seguro (PUBLICO)

    Líder do PS defendeu “separação” entre trabalhadores no sector público e os do sector privado na Saúde.

    António José Seguro voltou a ser parco em promessas nesta segunda-feira. Numa entrevista concedida à TVI24, o secretário-geral do PS centrou as suas respostas nos ataques ao Governo.

    Ainda assim retomou as quatro propostas anunciadas no final da Universidade de Verão realizada no passado fim-de-semana, em Évora, explicando com maior precisão a redução do IRC para os 12,5% para os primeiros 12.500 euros de lucro, ou de que forma a descida do IVA na restauração poderia ajudar até a equilibrar as contas do Estado.

    Ainda assim, Seguro levantou o véu sobre uma outra área. O secretário-geral do PS assumiu que, caso viesse a liderar um Governo, os trabalhadores na área da Saúde teriam de escolher entre o sector privado e o sector público.

    Seguro defendeu uma “separação” clara por entender que a presente situação – em que médicos trabalham tanto no Estado como em empresas privadas – podia gerar “incompatibilidade de interesses”. E prometeu enfrentar esse problema no futuro.

    O compromisso surgiu depois de questionado sobre as propostas socialistas nos últimos tempos. Contestou a ideia de que o principal partido da oposição só apresentasse propostas que representavam “boas notícias” para os portugueses.

    E, para demonstrar que o programa de Governo que tenciona apresentar em 2014 “não será uma lista de promessas agradáveis”, deu o exemplo na área da saúde.

    No meio das críticas ao Governo, Seguro foi assumindo algumas das posições que o diferenciam da equipa de Passos Coelho.

    Depois de criticar a denominada “requalificação” dos funcionários públicos, admitiu que actualmente não tinha a “noção” de que houvesse funcionários públicos a mais em Portugal.

    “Mas se o Governo acha [que existem], que o fundamente”, disse depois de criticar o Executivo por não revelar ou apoiar as suas decisões em estudos.

    Seguro voltou a assumir que, para si, vencer nas autárquicas era ter “mais um voto que o segundo partido”.

    E sobre a possibilidade da vitória de António Costa em Lisboa contrastar com um resultado mais comedido do PS a nível nacional, rejeitou que essa possibilidade pudesse fazer regressar o espectro de combate interno no principal partido da oposição: “É uma matéria esclarecida no interior do PS”, disse.

    Reformas dos juízes do TC
    Durante a entrevista, o secretário-geral do PS criticou Pedro Passos Coelho pelas posições assumidas em relação ao Tribunal Constitucional, lembrando que o “primeiro-ministro não é o dono do país”.
    Escusou-se ainda a tomar posição sobre a lei de limitação de mandatos, com o argumento de não querer pressionar os juízes-conselheiros.
    Mas admitiu, em relação ao tribunal da Rua do Século, que algo tinha de mudar. Nomeadamente, em relação à possibilidade dos juízes se poderem reformar após 10 anos naquela instância.

    “Não faz sentido que haja excepções à regra geral”, assumindo a possibilidade de rever essa “regalia” caso chegasse à liderança de um Governo. (publico.pt)

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