O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou hoje que o Governo e a ´troika´ têm todos os dados para concluir que é preciso mudar de caminho, referindo que existe “um oceano” que o separa do primeiro-ministro.
“Sempre defendi que devia ser uma avaliação política, sobre as consequências do nosso processo de ajustamento. Portugal foi, a par da Lituânia, o país da União Europeia que mais emprego destruiu em 2012, estamos numa espiral recessiva e pergunto que dados faltam à ´troika´ e ao Governo para chegar à conclusão que é preciso mudar de caminho”, disse, após uma visita à empresa AMAL, na Moita.
O secretário-geral do PS explicou que esta avaliação é “muito importante”, pois os dados “estão todos em cima da mesa”.
“Alguma oposição em Portugal é do ´bota-abaixo´ e eu não quero isso para o PS, nós fazemos propostas concretas para a mudança de caminho”, afirmou.
António José Seguro referiu que o Governo já devia ter clarificado “a razão do atraso e o que está a objetar que a avaliação termine”, acrescentando que já espera tudo do governo.
“Para um governo que, confrontado com uma tragédia social, a caminho de um milhão de desempregados, e o primeiro-ministro diz que estamos na boa direção e não é preciso fazer nenhuma correção, é natural esperar tudo do Governo. O primeiro-ministro disse ainda que se pudesse baixava o salário mínimo, o que demonstra uma opção política de empobrecimento que nada resolve e só causa mais problemas”, explicou.
O líder socialista acrescentou que entre ele e o primeiro-ministro Passos Coelho existe “um oceano” que os separa, quer a nível ideológico, quer das soluções defendidas para ao país.
“Hoje, entre mim e o primeiro-ministro, há um oceano que nos separa. A minha responsabilidade é apresentar soluções, é essa a responsabilidade do PS, no governo ou na posição”, defendeu. Ler mais
(ionline.pt)