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    Seguro adverte que sustentabilidade da dívida é questão central

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    O secretário-geral do PS defendeu  que é “bom” para o país que Portugal regresse aos mercados sem qualquer programa cautelar, mas advertiu que a sustentabilidade da dívida é um problema central para qualquer político responsável.

    António José Seguro falava na sede nacional do PS, após o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter anunciado que Portugal sairá do atual resgate financeiro sem recorrer a qualquer programa cautelar para regressar aos mercados.

    “O PS sempre desejou que Portugal saísse deste programa para regressar a mercados sem necessidade de ajuda financeira. Isso concretizou-se e isso é bom para o país, mas não pelas razões que o primeiro-ministro invocou”, frisou António José Seguro em resposta a questões colocadas pelos jornalistas.

    No entanto, o secretário-geral do PS atribuiu principalmente a fatores externos e não internos a atual conjuntura de descida dos juros da dívida portuguesa nos mercados internacionais.

    “A decisão que o primeiro-ministro hoje anunciou deve-se essencialmente a taxas de juro baixas nos mercados financeiros, que não têm a ver com indicadores fundamentais do país, mas ao papel ativo do Banco Central Europeu, ao excedente de liquidez dos investidores e ao facto de o Governo ter criado uma almofada financeira de 15 mil milhões de euros, pela qual os portugueses pagam cerca de 430 milhões de euros em impostos”, advogou Seguro.

    Por estas razões, segundo o secretário-geral do PS, a questão da sustentabilidade do ‘stock’ da dívida e do serviço da dívida do Estado Português “é um problema que continua a estar no centro das preocupações de qualquer político responsável no país”, sobretudo se Portugal registar “níveis de crescimento frágeis e com uma taxa de inflação bastante baixa”.

    Interrogado sobre o motivo que o levou a referir, na fase da sua declaração inicial, que Portugal não recorrerá “no imediato” a um programa cautelar, Seguro apresentou a seguinte explicação: “Das palavras do primeiro-ministro, foi assim que interpretei, inferi que o primeiro-ministro disse para já”.

    “Como se sabe, os mercados não têm tido comportamentos racionais. A dívida pública aumentou para mais de 130 por cento e o que seria normal era a taxa de juro aumentar, mas não, até baixou. Significa que houve aqui outros instrumentos, designadamente do BCE e o facto de haver excedentes financeiros por parte dos investidores”, insistiu o secretário-geral do PS.

    Na sua declaração, o líder socialista defendeu ainda que é essencial que o país ganhe competitividade, “não na base de salários baixos, mas com valorização do capital humano”.

    “Em breve, o PS apresentará propostas para a capitalização das nossas empresas. É vital que as nossas empresas possam continuar a produzir, a vender bens e serviços para preservarem o emprego e criarem postos de trabalho”, acrescentou. (tsf.pt)

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