Fim da linha para o governador agita contas da sucessão. Quando um Lobito, o «cartão de visitas» de Angola, recebe do Tesouro Nacional 1 milhão e 500 mil kwanzas para o mês de Outubro, fica patente a dimensão do desafio. MPLA não descarta um Luís Nunes para Benguela.
Depois das críticas à centralização enquanto factor adverso ao desenvolvimento local, o governador provincial de Benguela, Rui Luís Falcão Pinto de Andrade, volta a «roer a corda», num momento em que o Executivo de João Lourenço é contestado como nunca se tinha visto em três anos de governação, agora por ter afirmado que os autores do roubo em Angola devem ser expurgados do MPLA e de cargos públicos.
Aqui está, até pelas reacções à vertente corrupção, o destaque da declaração, na última semana, em sede da OMA, que mostra, ainda, um Falcão preparado para deixar os cargos que ocupa. “Uma coisa é errar, todos nós somos humanos, erramos, por uma ou outra questão, inconscientemente, e outra coisa é roubar, mexer naquilo que não é nosso, sabendo que estamos a prejudicar outros. Houve camaradas que não roubaram pouco, então… temos de ter coragem de expurgar”, vinca.