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    Retomada a desmilitarização de guerrilheiros da Renamo

    O processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos guerrilheiros da Renamo, retoma esta sexta-feira (19), desta feita abrangendo, pela primeira vez, a zona norte de Moçambique, ao mesmo tempo que se prepara o pagamento dos combatentes já desmobilizados.

    Este processo faz parte dos acordos de paz entre o Governo de Moçambique e a Renamo, e desde o seu início, em 2020, tem registado constrangimentos na sua implementação, entre os quais o não pagamento de subsídios aos guerrilheiros desmobilizados, por falta de recursos.

    Até ao momento, o DDR havia abrangido apenas a zona centro do país, onde se localizava a maior parte das bases da Renamo.

    O representante do Secretário-Geral das Nações Unidas em Moçambique, Mirko Manzoni, afirmou tratar-se do primeiro acto a realizar-se no norte do país, concretamente no distrito de Murrupula, em Nampula, considerando-o um marco importante no actual processo de pacificação.

    Aquele diplomata referiu que “cerca de 560 combatentes da base da Renamo em Namaita, deverão ser desmobilizados ao longo de aproximadamente três semanas de trabalho, o que elevará para 3.270 o número total de guerrilheiros desmilitarizados”.

    Este número corresponde a cerca de 63 porcento do total dos guerrilheiros a serem desmobilizados até ao final do processo.

    Boa notícia

    Manzoni, que é também presidente do Grupo de Contacto, que integra embaixadores e outras entidades relevantes, com a missão de acompanhar o DDR, anunciou ainda que, em breve, vai ser retomado também o pagamento de subsídios aos guerrilheiros já desmobilizados.

    Para o Secretário-Geral da Renamo, André Magibire, esta é uma boa notícia, tendo em conta que o não pagamento de subsídios tem provocado descontentamento entre guerrilheiros já desmobilizados.

    “A Renamo, em nome do seu presidente Ossufo Momade, agradece este facto, e reitera o seu comprometimento de manutenção da paz e reconciliação nacional”, realçou.

    Entretanto, o embaixador da União Europeia em Moçambique, António Sanchez Gaspar, diz que apesar dos constrangimentos registados na implementação do DDR, este processo, maioritariamente financiado por aquele bloco europeu, vai terminar no próximo ano.

    O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, acredita nisso porque este processo está a ser bem sucedido devido ao “empenho pessoal do presidente da Renamo, Ossufo Momade”.

    Nyusi afirmou ainda que 25 guerrilheiros da Junta Militar da Renamo abandonaram as armas e vão beneficiar também do processo de desmilitarização, desmobilização e reintegração.

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