O Governo britânico assinou mais dois acordos para assegurar o fornecimento de vacina contra a Covid-19, anunciaram duas farmacêuticas norte-americanas. No total, o Reino Unido já assegurou a compra de seis potenciais vacinas.
A Johnson & Johnson afirmou que a sua unidade Janssen Pharmaceutica fornecerá ao Governo do Reino Unido 30 milhões de doses da sua vacina candidata Ad26.COV2.S
O acordo de compra antecipada também oferece a opção para uma compra adicional de até 22 milhões de doses.
Por seu lado, a Novavax anunciou que o Reino Unido assinou acordo de compra de 60 milhões de doses de sua vacina candidata contra o coronavírus, NVX-CoV2373,
Com seis acordos assinados até agora, o Reino Unido e os Estados Unidos lideram a corrida global para fechar acordos com fabricantes de vacinas, numa altura em que a pandemia continua a alastrar.
O Reino Unido assegura 362 milhões de doses para uma população de 66 milhões.
Nenhuma das mais de 200 vacinas em desenvolvimento provaram eficácia.
Mais de 20 vacinas contra a COVID-19 estão a ser testadas em humanos.
AS VACINAS MAIS PROMISSORAS NO COMBATE À COVID-19
Laboratórios por todo o mundo estão numa corrida contra o tempo para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus. Há dezenas de equipas a testar várias candidatas a vacina, algumas estão mais avançadas e são promissoras, mas os cientistas avisam que nenhuma deverá estar pronta antes do fim deste ano.
Segundo o London School of Hygiene & Tropical Medicine, (que tem um gráfico que mostra o progresso das experiências) há 231 projectos e 5 estão na fase de ensaios clínicos – que consiste na inoculação da vacina em milhares de voluntários a fim de determinar se impede de facto a infecção.
Os resultados mais encorajadores vêm da Pfizer e da BioNTech, da Moderna, do projecto entre a Universidade de Oxford e a AstraZeneca e de vários projectos chineses, nomeadamente da CanSinoBIO que já obteve autorização para administrar a vacina em militares chineses.
PANDEMIA JÁ CAUSOU MAIS DE 750 MIL MORTES EM TODO O MUNDO
Mais de 750 mil pessoas morreram em todo o mundo e quase 21 milhões estão infectadas com Covid-19, segundo um balanço da AFP na noite de quinta-feira, numa altura em que muitos países estão a impor novas restrições devido ao ressurgimento da doença.
A América Latina e as Caraíbas são a região com o maior número de mortos, registando cerca de 230 mil.
O director regional da Organização Mundial de Saúde, Matshidiso Moeti, alertou que em África a reabertura das economias vai levar a um aumento de casos neste continente.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (166.027) e também com mais casos de infecção confirmados (quase 5,2 milhões).
Seguem-se Brasil (104.201 mortos, mais de 3,1 milhões de casos), México (54.666, mais de 498 mil infectados), Índia (47.033, quase 2,4 milhões infectados) e Reino Unido (46.706 mortos, mais de 313 mil casos).
A Rússia, com 15.353 mortos, é o quarto país do mundo em número de infectados, depois de EUA, Brasil e Índia, com mais de 905 mil casos, seguindo-se a África do Sul, com mais de 568 mil casos e 11.621 mortos.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (46.706 mortos, mais de 313 mil casos), seguindo-se Itália (35.235 mortos, mais de 252 mil casos), França (30.388 mortos, mais de 331 mil casos) e Espanha (28.579 mortos, mais de 337 mil casos).