A seita radical islâmica Boko Haram parece estar disponível para negociar a paz com o governo da Nigéria.
O grupo que atormenta a Nigéria, com a jihad lançada em 2009, manifestou abertura para negociar o cessar-fogo mas impôs duas condições ao governo de Abuja: as conversações terão de realizar-se em território neutro, na Arábia Saudita, e ser mediadas pelo ex-presidente Muhamed Buhari, um coronel muçulmano que dirigiu a Nigéria na sequência do golpe de estado de 1984.
Para a população, os radicais “nunca deviam ter o direito de dizer ao governo como proceder, pois tratam-se de terroristas que deviam ser presos e não libertados”.
A declaração de intenções do Boko Haram levanta muitas dúvidas. Primeiro, porque foi feita em inglês e não em Haúça, a língua normalmente utilizada pela seita. Mas o mais estranho, foi que em toda a conferência de imprensa telefónica, o alegado porta-voz do grupo não fez qualquer referência à imposição da lei da Sharia, primeira reivindicação do grupo cujos ataques mataram mais de 1500 pessoas desde 2009, segundo a Human Rights Watch.
Fonte: EN