Uma missão do corpo técnico do Fundo Monetário Internacional (FMI) está a trabalhar em Angola, desde o dia 20 de Março, com o objectivo de avaliar o cumprimento das metas estabelecidas ao abrigo do acordo entre o Executivo angolano e esta instituição financeira internacional, através do Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility – EFF).
Durante a visita, que prossegue até dois de Abril, de acordo com uma nota do Ministério das Finanças a que Angop teve acesso, nesta segunda-feira, a delegação do FMI prevê manter encontros de trabalho com vários membros do Executivo, entre os quais o ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior.
No programa consta ainda encontros com os ministros das Finanças, Archer Mangueira, da Economia e Planeamento, Pedro da Fonseca, do Comércio, Jofre Van-Dúnem, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Massano, entre outras individualidades.
Durante os 14 dias, a referida missão vai avaliar o balanço das reformas económicas em curso no país, bem como monitorizar o processo de implementação do EFF, que é um instrumento com financiamento que visa apoiar o Programa de Estabilização Macroeconómica (PEM), cujos principais objectivos são reduzir as vulnerabilidades fiscais, fortalecer a sustentabilidade da dívida, reduzir a inflação, implementar um regime cambial flexível, bem como assegurar a estabilidade do sector financeiro e fortalecer o quadro de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo (CBC/FT).
Deste acordo resultou a aprovação, pelo Conselho Executivo do FMI, no dia 7 de Dezembro de 2018, do Programa de Financiamento Ampliado, com duração de três anos, no montante de cerca USD 3,7 mil milhões (361% da quota de Angola) para apoiar o Programa de Reformas Económicas em Angola.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização internacional criada em 1944, com o objectivo inicial de ajudar a reconstrução do sistema monetário internacional no período pós-Segunda Guerra Mundial, o que envolve domínios como a vigilância das economias dos seus membros e a demanda por políticas de autocorrecção. Angola é membro do FMI desde Setembro de 1989.