O Presidente da República posicionou-se ontem relativamente ao conflito na Ucrânia defendendo que se privilegie a “via pacífica” para a resolução deste conflito, num contexto em que, há dias, o voto do seu país a favor da resolução da ONU condenando a acção da Rússia tem estado a criar controvérsia em diferentes quadrantes, dados os elos históricos que unem os dois países.
São Tomé e Príncipe consta da lista dos países que votaram abertamente contra a invasão russa da Ucrânia, embora o Presidente da República tenha pugnado por uma resolução diplomática do conflito entre os dois países.
Na cerimónia de cumprimentos do ano novo, Carlos Vila Nova disse que a invasão da Ucrânia pela Rússia “abala profundamente os fundamentos da ordem internacional” e defendeu que se privilegie a “via pacífica para a resolução do conflito internacional”, isto depois de ter declarado há pouco mais de uma semana que “o seu país não é a favor da guerra” e que “é preciso esgotar a via diplomática para revolver o diferendo”.
A Rússia é um dos países que apoiou São Tomé e Príncipe nos primeiros anos da sua independência, tendo acolhido muitos estudantes são-tomenses que actualmente constituem o grosso dos quadros formados em vários domínios. A Rússia ainda acolhe estudantes são-tomenses e é um dos principais parceiros de São Tomé e Príncipe, este país tendo recentemente acreditado António Quintas como novo embaixador do arquipélago em Moscovo, abrindo sinais de alguma aproximação bilateral.