O ministro das Relações Exteriores, Georges Rebelo Pinto Chikoti, considerou hoje, quinta-feira, em Luanda, que Angola fez uma presidência positiva da Comissão do Golfo da Guiné, conferindo maior visibilidade e dignidade à organização.
Segundo o governante, que falava à imprensa no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, a propósito do fim da presidência angolana da CGG, o país o país fez uma presidência longa, mas que permitiu trabalhar sobre muitas questões, nomeadamente a questão da reforma das estruturas da organização.
“O estado de Angola está a preparar novas instalações para que tenham uma outra sede com maior espaço, em função do crescimento que a organização vai ter”, enfatizou.
Na sua óptica, Angola conseguiu estimular a direcção da organização, ajudá-la em termos de poder realizar o essencial das suas reuniões, mas é necessário que a maior parte dos países se engajem um pouco mais, dando a ajuda devida em termos de recursos para que de facto a CGG possa aumentar gradualmente a sua acção e visibilidade.
“Pensamos que a Comissão deve ser mais activa, tem que se alargar os seus trabalhos, há algumas questões que devemos prestar mais atenção, como a segurança na região do golfo, o que eventualmente vai implicar alguma alteração na sua estrutura, para que haja efectivamente alguém que acompanhe a questão de paz e segurança”, disse.
Sobre os problemas que afectam a região do Golfo da Guiné, apontou a pirataria como sendo um fenómeno muito grave, particularmente em países como os Camarões, São Tomé e Príncipe e a Guiné Equatorial.
Frisou que essa é uma razão essencial que leva a se rever a questão de paz e segurança, particularmente a pirataria marítima ou o terrorismo transfronteiriço, considerando-os temas de grande prioridade da CGG e que carecem do envolvimento não só de Angola, mas de todos os países para membros para solucioná-los.
A República da Guiné Equatorial vai albergar a próxima cimeira ordinária de Chefes de Estados da Comissão do Golfo da Guiné (CGG), a 10 de Agosto próximo. Entre os dias 05 e 09 deve decorrer as reuniões de peritos e de ministros.
A cimeira vai abordar diversos aspectos que têm a ver com a própria organização, as contribuições dos Estados, a reforma da própria Comissão do Golfo e várias outras questões.
Angola vai ser substituída na presidência da CGG pela Guiné Equatorial.
A Comissão do Golfo da Guiné, estabelecida em 1999, é integrada por Angola, Camarões, Congo Democrático, República do Congo, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Gabão, e Guiné Equatorial.
(portalangop.co.ao)