A Direcção-Geral da Saúde (DGS) confirmou esta quarta-feira mais 18 casos de infeção humana por vírus Monkeypox, elevando para 391 o número total de infectados em Portugal.
Lisboa e Vale do Tejo regista o maior número de casos, havendo também infeções reportadas nas restantes regiões do continente (Norte, Centro, Alentejo e Algarve) e, pela primeira vez, na Região Autónoma da Madeira.
Os casos confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) “mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis”
A DGS refere que “todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos.”
A autoridade nacional de saúde, dirigida por Graça Freitas, recorda que “uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas”.
Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional, refere a autoridade de saúde, acrescentando que continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.
Um caso confirmado na Madeira
Nesta nova atualização, a DGS refere, pela primeira vez, a Madeira como sendo uma das regiões do país com casos de infeção humana por vírus Monkeypox. Trata-se de um homem que viajou até à região de Lisboa e Vale do Tejo, de acordo com o que a direção Regional da Saúde já tinha anunciado na tarde de terça-feira.
Segundo a nota divulgada pela Secretaria da Saúde e Proteção Civil, o governo madeirense adiantou que o doente está a ser acompanhado pelo Serviço Regional de Saúde e que foram “tomadas todas as medidas indicadas para o controlo da infeção”, estando em curso a respetiva investigação epidemiológica.
“Assinala-se que, até à data, não estão identificados outros casos suspeitos de infeção por Monkeypor na Região Autónoma da Madeira”, acrescenta o executivo madeirense.
Na nota é recordado que os “indivíduos que apresentem lesões ulcerativas ou erupção cutânea, eventualmente acompanhada de gânglios palpáveis, febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem abster-se de contactos físicos próximos”.
Neste caso, é referido, a pessoa deve procurar aconselhamento clínico e, perante uma suspeita de infeção por Monkeypor, deverá ser contactada a Linha SRS 24 – 800242420.