AFP
O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, encerrou neste domingo sua visita ao Peru e partiu para a cidade colombiana de Cúcuta, principal destino de centenas de milhares de venezuelanos que fogem da crise em seu país.
Após assistir a uma missa de Domingo de Ramos em uma igreja protestante de Lima, Pompeo partiu pouco depois do meio-dia para a Colômbia, última escala de seu périplo sul-americano, iniciado na sexta-feira no Chile.
O secretário de Estado conversou também por telefone no sábado sobre a crise venezuelana com o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, segundo seu porta-voz.
“Eles (…) prometeram continuar trabalhando juntos para abordar a crise política, económica e humanitária na Venezuela, e seus efeitos nos vizinhos da Venezuela, e a necessidade de que os actores externos, incluindo Cuba, Rússia e China, deixem de apoiar Nicolás Maduro”, disse o porta-voz Morgan Ortagus em comunicado.
O chefe da diplomacia americana reiterou o apoio de Washington, “neste tão difícil tempo de transição”, ao opositor venezuelano Juan Guaidó.
Pompeo elogiou também a campanha antidrogas do Peru, que permitiu erradicar milhares de hectares de cultivos de folha de coca, matéria-prima da cocaína.
O Peru é um dos três maiores produtores de cocaína no mundo e produz mais de 400 toneladas por ano, segundo dados oficiais.
“Apesar da gravidade da situação na Venezuela”, Pompeo ressaltou que o tema “não monopolizou” suas negociações em Lima, e destacou que também discutiram “sobre como o Peru tem combatido a corrupção pública como uma de suas prioridades”.
O futuro de quatro ex-presidentes peruanos está nas mãos do Judiciário em casos ligados à construtora Odebrecht.
O secretário de Estado reiterou em Lima as críticas que fez em Santiago à China, que tem expandido sua presença na América Latina.