O laboratório farmacêutico francês, Sanofi está envolto numa controvérsia por pretender dar a prioridade à aquisição de uma vacina contra a Covid-19 aos Estados Unidos. As autoridades de Paris querem que uma eventual vacina seja colocada à disposição de todos.
O primeiro ministro francês, Édouard Philippe, após contactos com o presidente do grupo farmacêutico, Sanofi, afirmou que o “igual acesso de todos a uma vacina não é negociável.”
Esta chamada de atenção do primeiro ministro francês veio do seguimento do anúncio de que o laboratório francês serviria prioritariamente os Estados Unidos caso descubra uma vacina contra o coronavírus.
O PCA do Sanofi, Serge Weinberg, “deu-me todas as garantias necessárias quanto à distribuição em França duma eventual vacina do grupo”, escreveu na sua conta Twitter, Édouard Philippe, sublinhando que Sanofi é “uma grande empresa profundamente francesa.”
Grupo francês Sanofi criou ontem uma polémica
O grupo francês Sanofi, criou ontem uma polémica argumentando que a primazia da vacina poderia ser reservada aos Estados Unidos, devido ao importante investimento das autoridades americanas.
O grupo apelou hoje as autoridades europeias a assumirem as suas responsabilidades pedindo que sejam tão eficazes quanto as homólogas americanas flexibilizando os procedimentos regulamentares.
A Comissão europeia reagiu prontamente declarando que o “acesso a uma vacina contra o coronavirus deve ser equitável e universal.”
Como já havia indicado o Presidente, Emmanuel Macron, “uma vacina contra o Covid-19 deveria ser um bem público mundial”, sublinhou o primeiro ministro numa referência ao discurso do chefe de estado francês de 24 de abril na OMS, Organização Mundial da Saúde.
Aliás toda a classe política francesa indignou-se com as declarações do grupo farmacêutico francês Sanofi.