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    Poiares Maduro. “Esta saída faz-nos reconquistar a nossa capacidade de decisão”

     Poiares Maduro (Tiago Petinga- Lusa)
    Poiares Maduro
    (Tiago Petinga- Lusa)

    O ministro disse que aumento de impostos era para evitar uma maior penalização dos pensionistas

    “Saída limpa foi uma decisão do governo, que só é possível devido ao sucesso dos portugueses”, afirmou esta noite Miguel Poiares Maduro. Em entrevista ao programa da RTP informação, “Grande entrevista”, o Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional disse que “estamos a assistir a uma mudança estrutural do país e isto traz confiança aos mercados e aos parceiros europeus”, garantido que a decisão não foi influenciada pelas eleições europeias e foi apoiada pelos parceiros europeus.

    “Tomámos a decisão certa no momento certo. Não tivemos dúvidas de que esta era a melhor solução para o país”, sublinhou, referindo que o programa cautelar era incerto. “Não saberíamos bem ao que nos obrigaria…. O que sabemos é que esta saída faz-nos reconquistar a nossa capacidade de decisão”, acrescentou.

    Questionado sobre a carta de intenções ao FMI, que será divulgada apenas em Junho, Poiares Maduro garantiu que não há razões para alarmes, lembrando que a Irlanda passou pelo mesmo processo. “Sempre houve uma carta de intenções que é o que fecha a avaliação e permite a última tranche financeira. Não haverá nenhuma surpresa, nenhuma novidade. Esta carta é enviada por Portugal ao FMI e é negociada para reflectir o que foi a conclusão da 12ª avaliação. Depois, de acordo com as regras do FMI, é objecto de uma decisão desta entidade internacional para ser libertada a outra tranche. Só então é que será anunciada a carta”, explicou.

    Confrontado com os números do desemprego e da pobreza das famílias, o responsável defendeu que “isso é resultado da situação de bancarrota a que o país chegou.” “A austeridade foi consequência da bancarrota. Não nego que o número de pobreza aumentou em certas categorias, mas isso não teve a ver com as políticas do governo, mas sim com a situação desastrosa a que chegámos”, frisou. Apesar das condições, o também responsável pela tutela da Comunicação Social, disse que Portugal “está melhor do que há três anos” e “a crescer de forma sustentada há já um ano.” “E isso é um sucesso”, acrescentou.

    No que toca ao aumento de impostos, anunciado na semana passada no Documento de Estratégia Orçamental (DEO) – em 2013, Passos Coelho garantiu que isso estava longe de acontecer e ainda em Abril Marques Mendes assinou por baixo -, Poiares Maduro justificou a medida como sendo uma forma de equilíbrio, afirmando que não seria justo penalizar ainda mais os pensionistas. “Este aumento é marginal… é de 0,25% do IVA. Temos um problema de sustentabilidade de pensões, pois sofremos de um problema demográfico em que a população é maioritariamente envelhecida. Não podíamos exigir um esforço enorme aos pensionistas… nem era possível do ponto de vista do Tribunal Constitucional.”

    Assim, o ministro explicou que a decisão foi “fruto das negociações com a troika.” “Tínhamos de encontrar uma proposta douradora e de a negociar com os credores”, concluiu. (ionline.pt)

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