A procura petrolífera mundial vai aumentar 14 por cento até 2035, levando o preço do barril a disparar dos actuais 107 para 125 dólares, estimou ontem a Agência Internacional de Energia (AIE).
O crescimento da procura nas próximas duas décadas, motivado pelo consumo dos transportes, deve atingir os 99,7 milhões de barris por dia em 2035, mais 700 mil barris do que as previsões iniciais.
A Agência Internacional de Energia, que representa os interesses dos países consumidores de petróleo, reviu também em alta o preço do barril, anteriormente estimado em 120 dólares, para 125 dólares.
A revolução que representa o desenvolvimento dos processos para a obtenção de hidrocarbonetos não convencionais vai representar uma mudança radical no panorama tradicional energético, no qual os Estados Unidos vão converter-se no maior produtor mundial de petróleo em 2020, destronando a Arábia Saudita.
Os números pertencem ao relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) revelado ontem, no qual estima que “perto de 2020, os Estados Unidos convertem-se no maior produtor mundial de petróleo. O resultado é uma queda continuada das importações de crude na medida em que se vai converter num exportador líquido de petróleo a partir de 2030, o que acelera a troca de rotas estratégicas que levam o crude do Médio Oriente para o mercado asiático”.
Até 2035, “os EUA, que importam actualmente cerca de 20 por cento do total das suas necessidades energéticas, são auto-suficientes em termos líquidos. O mercado de energia norte-americano está a sofrer uma transformação radical devido ao desenvolvimento de novas tecnologias, sobretudo da extracção de gás de xisto através de um processo controverso conhecido como “fractura hidráulica” que foi limitado ou banido noutros países.
Fonte: JA
