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    Pescadores devolvem ao mar até 60% do peixe capturado

    Os pescadores devolvem ao mar entre 10% a 60% do peixe capturado. O problema é que a maior parte desse peixe morre e acaba por não ser útil para niguém.

    O alerta é dado num documento agora divulgado pela Comissão Europeia, onde se dá conta de que as devoluções de pescado ao mar é prática corrente.

    Os pescadores devolvem o peixe ao mar por várias razões. Desde logo, “peixe que não deveriam pescar porque a sua quota de pesca não o permite”, pode ler-se no documento. “Quando já ultrapassou a sua quota para uma determinada espécie, o pescador já não pode vender o peixe adicional. Ao decidir continuar a pescar as restantes espécies, normalmente deita fora aquelas cuja quota já ultrapassou”.

    Captura dos “juvenis” impede peixe de se tornar adulto

    Mas os pescadores também deitam foram o peixe que é demasiado pequeno e que não apresenta os tamanhos regulamentares – “os chamados juvenis, que deveriam ser deixados intactos para poderem crescer e tornar-se adultos”, sublinha o documento da Comissão.

    Outra das razões porque se fazem devoluções de peixe ao mar é porque os pescadores não querem peixe de baixo valor que ocupe espaço a bordo, ou porque não querem que esse mesmo peixe conte para as suas quotas.

    O problema é comum a toda a Europa e a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), estima que só no Atlântico Nordeste (Mar do Norte e Mar Báltico) as devoluções ascendem a 1,3 milhões de toneladas, sendo que a maior parte é atribuída a pescarias efetuadas por países da União Europeia.

    No caso concreto de Portugal, a espécie que mais é devolvida ao mar é o badejo (35% das capturas), estimando-se que em 2010 tenham sido devolvidas ao mar 32 toneladas.

    Europa que alargar a malhagem das redes de pesca

    Nas suas propostas para a reforma da Política Comum das Pescas, a Comissão quer obrigar os pescadores a trazerem para terra todas as capturas. Por outro lado, a Comissão vai obrigar os pescadores a tomar medidas para reduzir as capturas indesejadas, aumentando, por exemplo, a malhagem das redes.

    Medidas técnicas adicionais, como o encerramento temporário de certas zonas, “podem melhorar o estado de conservação, por exemplo quando um pescador entra numa zona com grande concentração de juvenis ou peixe abaixo dos tamanhos regulamentares, que não deve capturar”, conclui o documento da Comissão.

    FONTE: Expresso

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