Luanda – O músico Paulo Flores considerou de “muito especial” o que aconteceu no segundo concerto que realizou, sábado, no Estádio dos Coqueiros, em Luanda, denominado “Boda dos anos 70, 80 e 90.”
“As pessoas estavam a cantar as músicas do Ruca Van-Dúnem e do Michael Jackson. Eu vi muita gente emocionada e nos emocionamos também. Acho que acabou por ser uma festa da família angolana, foi de facto um prazer estar aqui a cantar para aqueles que cantam as nossas músicas”, salientou.
Em declarações à imprensa, depois do show, disse que a realização deste evento tem como objectivo construir a identidade angolana que está a se perder muito rapidamente.
“As vezes quando faço uma música noto que as pessoas não fazem ideia das referências que dou, coisas que aconteceram nos anos 80, agora imaginam as dos 50 e 60. É isso que procuro, fazer com que o angolano procure a sua própria história e essência”, frisou.
Paulo Flores salientou estar satisfeito e com a cessação do dever cumprido, pois conseguiu partilhar com as outras pessoas sentimentos “muitos íntimos”.
O cantor rendeu homenagem à Cesária Évora, falecida na véspera do seu espectáculo.
Para si, a morte da cantora cabo-verdiana “é uma grande perda para música africana e para mundo em geral.
“Era de facto uma mãe para todos nós. Ela chegou a um nível que é muito difícil de alcançarmos, fê-lo de forma autêntica, por isso é referência para os artistas”, sublinhou.
Quanto ao futuro adiantou que vai começar gravar o novo álbum em Abril ou Maio.
Fonte: Angop
Fotografia: Mota Ambrósio