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E líder do CDS pede a portugueses para não pôrem no Governo “os Syrizas cá do sítio” porque “um eleitor prevenido vale por dois”. Mantém-se discurso da diabolização da esquerda para convencer indecisos.
A coligação tem evitado comentar cenários pós-eleitorais. Porém, Pedro Passos Coelho disse hoje, num almoço-comício no Mercado da Vila em Cascais, que “deve governar quem ganhar as eleições”, acrescentando que “seria mesmo muito estranho se não fosse assim”. O primeiro-ministro voltou a pedir aos eleitores que evitem “que na segunda-feira seja formado um governo par o qual os portugueses não votaram”.
Em mais um assomo de humildade (foram alguns ao longo da campanha), o cabeça de lista da coligação Portugal à Frente admitiu: “Deixámos muita coisa por fazer. E não fizemos tudo bem. Talvez fizéssemos muita coisa diferente”. Porém, destacou o facto do governo ter chegado ao fim, algo que, segundo Passos: “Não nos deixa muito satisfeitinhos, mas com muita mobilização e força para os próprios quatro anos”.
Passos disse ainda que, apesar do PS se ter negado, continua disponível para, após as eleições, se sentar com os socialistas à mesa para discutir a reforma da Segurança Social. O líder do PSD lembrou ainda o relatório divulgado hoje da UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental no Parlamento, entidade independente), acreditando que este vem dar força à ideia de que o Governo vai ter um défice abaixo dos 3% em 2015.
No mesmo alomoço-comício, o líder do CDS Paulo Portas pediu aos portugueses para darem maioria à coligação, para evitarem “pôr no governo os Syrizas cá do sítio” e que “um eleitor prevenido vale por dois”. Portas lembrou que “amanhã é dia de reflexão, domingo de decisão e segunda-feira não pode ser dia de instabilidade”.
Em mais um ataque aos socialistas, Portas antecipou uma semana do PS que acusa de “à segunda-feira diz que vota contra um Orçamento que não conhece, à terça que vota contra o programa do governo que os portugueses escolheram, à quarta diz não se senta à mesa para discutir a Segurança Social, À quinta que quer fazer acordos com a esquerda, e à sexta que não quer fazer acordos com ninguém”. E concluiu: “O PS faz-me lembrar aquela frase de [Winston] Churchill: é um mistério envolto num enigma”:
Num discurso da segurança por oposição à mudança (proposta pelo PS), Portas acredita que os portugueses vão votar na coligação porque querem “uma vida normal, previsível, segura” (dn.pt)