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    Partidos cabo-verdianos apresentam datas diferentes para eleições legislativas

    O Presidente de Cabo Verde deve anunciar ainda hoje o dia das eleições legislaivas no país, que deve ocorrer entre 14 de Fevereiro e 10 de Abril.

    Depois de ouvir sindicatos, patronato, organizações não governamentais e partidos políticos, Jorge Carlos Fonseca reúne-se no final da tarde desta terça-feira o Conselho da República, a quem deverá comunicar a data da primeira das três eleições a serem realizadas em 2016.

    Os cinco partidos inscritos no Tribunal Constitucional mantiveram durante a manhã de hoje audiências com o Presidente da República, a quem transmitiram as propostas para a realização das eleições legislativas.

    O partido no poder, o PAICV, defendeu que as legislativas se realizem na primeira data disponível, a 14 de Fevereiro, para permitir que o Orçamento Geral de Estado de 2016 seja aprovado o mais rapidamente possível pelo novo Parlamento.

    Janira Hopffer Almada lembrou que, sem o orçamento, “o Governo vai gerir o país com duodecimos, o que é mau e que prejudica principalmente as classes mais desfavorecidas”.

    A candidata a primeira-ministra também defende que se deve ter em conta a quaresma e a celebração da Páscoa, que acontece a 27 de Março.

    “Num país cristão, entendemos que nesse período de recato religioso devíamos poupar os cabo-verdianos de lutas partidárias. Por isso entendemos que as eleições devem ser marcadas o mais rapidamente possível, em Fevereiro, na primeira data disponível nos termos legais”, defendeu.

    Ulisses Correia e Silva, presidente do principal partido da oposição, MpD, não propõe qualquer data, deixando ao Presidente da República escolher o dia mais indicado.

    Correia e Silva diz estar mais preocupado com eventuais dificuldades burocráticas, como por exemplo a emissão de bilhetes de identidade, cujo processo começou tarde.

    O líder da oposição quer quer  “o processo de recenseamento se conclua em tempo, de forma a permitir que as pessoas possam votar”, porque, segundo ele, “todos os eleitores têm de votar”.

    O terceiro partido com assento parlamentar, a Ucid, apontou o mês de Abril como o ideal para a realização das eleições legislativas, de modo a permitir que haja um maior tempo de preparação dos partidos e do eleitorado.

    Ontem, o Presidente da República Jorge Carlos Fonseca manteve audiências com representantes da Plataforma das Organizações Não Governamentais, câmaras do Comércio, Indústria e Serviços do Barlavento e Sotavento, União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde (UNTS-CS) e Confederação Cabo-verdiana de Sindicatos Livres (CCSL).

    Os sindicatos e a plataforma das ONG defenderam a realização de eleições o mais cedo possível, ou seja em Fevereiro, enquanto as câmaras de comércio entendem que as datas ideais seriam entre 20 de Março e 3 de Abril.

    Neste momento, o Presidente está reunido com o Conselho da República e depois deverá anunciar a data para a realização das eleições legislativas.

    Ainda em 2016, serão realizadas eleições locais, no verão, e presidenciais, no ultimo trimestre do ano. (VOA)

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